Os Estudos Culturais se originaram no Reino Unido na década de 1950 como um campo interdisciplinar oriundo dos estudos literários e históricos e depois se expandiram para os Estados Unidos e América Latina.
Os Estudos Culturais partiram de uma crítica da concepção de cultura entendida como alta cultura, deslocando o foco de análise para a cultura ordinária da classe trabalhadora. Em seguida, ampliaram o leque de investigações. Os pesquisadores dessa área buscam, em termos gerais, compreender as intersecções entre cultura, indivíduo e sociedade.
Alguns trabalhos questionam as fronteiras entre alta cultura e cultura de massa ou comercial, investigam os processos de produção da cultura, abordam objetos culturais híbridos, configurações identitárias de grupos socialmente marginalizados, processos migratórios e trocas culturais que deles advêm. Em vertente complementar, os Estudos Culturais contribuem para a crítica das disciplinas e saberes consagrados, indagam sobre os modos como se vêm produzindo historicamente as pedagogias, as ciências e sobre que interesses subjazem a elas; isto é, a partir de uma visada crítica e histórica lançam a dúvida sobre a construção do conhecimento no Ocidente e sobre o modo como este se impõe sobre formas alternativas de cultura e conhecimentos.