Resumo: RESUMOEste trabalho traz o contexto histórico dos cemitérios e sua utilização na atividade turística, bem como as alterações em decorrência da pandemia de COVID-19. Busca-se, com este texto, sinalizar os desafios em perceber o cemitério e o turismo realizado nas necrópoles, frente à situação de calamidade na saúde mundial. É feita uma contextualização sobre os cemitérios e suas peculiaridades, aliando, também, à prática turística. O ensaio proposto está em consonância com as discussões feitas no Amorcomtur!, Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese, no Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade (UCS), seus pressupostos teóricos e proposições metodológicas. Associa pesquisa já realizada sobre a temática, com as discussões contemporâneas, que sinalizam para as transformações do ecossistema turístico relacionado aos cemitérios, marcado pelo crescimento exponencial de sepultamentos e mutações no ambiente, também do ponto de vista do turismo. Compreende-se que o turismo nas necrópoles também precisa ser repensado para as possíveis novas configurações pós pandemia. PALAVRAS-CHAVETurismo; Turismo em Cemitério; Cemitério; Covid-19 ABSTRACTThis article brings the historical context of the cemeteries and their use in the tourist activity, as well as changes due to the Covid-19 pandemic. This text seeks to highlight the challenges of perceiving the cemetery and tourism carried out in necropolises, in view of the calamity in world health. A contextualization is made about the cemeteries and their peculiarities allying whit the tourist practice. The test methodology is in line with the discussions made at Amorcomtur! Study Group on Communication, Tourism, Lovingness and Autopoiesis, in the Postgraduate Program in Tourism and Hospitality [UCS], its theoretical assumptions and methodological proposals. It associates research already carried out on the theme, with contemporary discussions, which signal for the transformations of the tourist ecosystem connected to cemeteries. It is marked by the exponential growth of burials and changes in the environment, also from the point of view of tourism. It is understood that tourism in necropolises also needs to be rethought for possible new post-pandemic configurations.KEYWORDSTourism, Cemetery Tourism, Cemetery, COVID-19. AUTORIACharlene Brum Del Puerto – Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade, Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/8876176910836549 E-mail charlenedelpuerto@bol.com.brMaria Luiza Cardinale Baptista – Doutora. Professora no Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/2996705711002245 E-mail: malu@pazza.com.br REFERENCIASBatista, M. L. C. (2019). Afetivações, Amorosidade e Autopoiese: sinalizadores para narrativas sensíveis de destinos turísticos, em perspectiva ecossistêmica. In. D. A. S. F. Piccinin & J. P. Souza (Orgs.). Narrativas Midiáticas Contemporâneas. Sujeitos, Corpos e Lugares, pp. 47-61. Santa Cruz do Sul: Catarse.Del Puerto, C. B. (2016). Turismo em Cemitério. O cemitério como patrimônio e atrativo turístico, considerando a trama morte e vida nas necrópoles. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, Brasil. LinkDel Puerto, C. B. & Baptista, M. L. C. (2015). Espaço cemiterial e Turismo: campo de ambivalência da vida e morte. Revista Iberoamericana de Turismo, 5(1), 42-53. LinkLeoti, A.& Farinha, A.B. (2018). Turismo no Cemitério das Irmandades: Um estudo de memória, história, cultura, arte e iconografia em Jaguarão, Brasil. Anais... XIX Encuentro Iberoamericano de Valorización y Gestión de Cementerios Patrimoniales, Cochabamba, Bolívia. LinkMumford, L. (1998). A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes.Presse, F. (2020, março, 27). Coronavírus: ONU prevê retrocesso de 20 a 30% do turismo internacional por pandemia. G1-Globo.com LinkReis, J. J. (1991). A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Cia das Letras.Rocha, M. A. B. B. (2005). Transformações nas práticas de enterramento. Cuiabá, 1850-1889. Mato Grosso: Central de Texto.Ronan, T. (2020, abril, 23). Cemitérios investem em velórios online e túmulos biosseguros para sepultar mortos pela Covid-19 no Grande Recife. G1-Globo.com LinkValladares, C. P. (1971). Arte e sociedade nos cemitérios brasileiros. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura / Departamento de Imprensa Nacional. PROCESSO EDITORIAL SEÇÃO ESPECIAL COVID-19Recebido 11 JUN 2020; Aceito 14 JUN 2020.
