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A Regulamentação do Futebol Profissional Belo-Horizontino: Luta Política e Significados Sociais
 
     A Regulamentação do Futebol Profissional Belo-Horizontino: Luta Política e Significados Sociais
     
     


Autor(es):
Lage, Marcus Vinicius Costa
Medeiros, Regina de Paula


Periódico: PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review

Fonte: PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review; v. 1, n. 1 (2012): Janeiro - Junho; 101-125

Palavras-chave:
“Amadorismo Marrom”; Futebol; Profissionalismo; “Rivalidades Clubísticas”; Trabalhismo.


Resumo: A transição do status “amador” para o “profissional” atribuído ao jogador de futebol, iniciada em meados de 1920, colaborou para popularizar a prática e o espetáculo deste esporte, que foi considerado durante os primeiros anos do século XX como elemento de distinção social das elites urbanas brasileiras. A regulamentação do futebol profissional brasileiro, e mais precisamente belo-horizontino, promovida pelas principais agremiações esportivas no ano de 1933, é considerado momento central para se problematizar tal transformação, uma vez que a nova orientação ressignificou socialmente a prática e o consumo dessa modalidade esportiva. Nesse artigo discutimos o contexto das políticas sociais do Governo Vargas (1930-1945) estabelecendo relações com o movimento de profissionalização do futebol a partir de documentos textuais pesquisados. Ainda com base nessa pesquisa documental, e também utilizando de entrevistas abertas e em profundidade com atores sociais do “campo futebolístico” belo-horizontino, caracterizamos a oferta e a demanda da prática e do consumo do futebol a partir da consolidação do produto “jogo de futebol”, bem como dos debates e das disputas políticas dos dirigentes dos principais clubes de futebol junto à entidade de gestão desse esporte na capital mineira. Com base nas análises empreendidas, defendemos que o arcabouço institucional trabalhista criado por Vargas estimulou a discussão pelo reconhecimento e regulamentação profissional no país, uma vez que as relações existentes entre clubes, atletas e espectadores já caracterizavam o futebol como uma indústria do entretenimento desde meados dos anos 1920, sendo os jogadores, profissionais de fato, não sendo reconhecidos e regulamentados.DOI: 10.5585/podium.v1i1.18