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A “Turistificação” de um Lugar de Memória é possível? Um estudo sobre o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo (Rio de Janeiro, Brasil)
 
     A “Turistificação” de um Lugar de Memória é possível? Um estudo sobre o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo (Rio de Janeiro, Brasil)
     
     


Autor(es):
Paula, Angela Teberga de
Herédia, Vania Beatriz Merlotti


Periódico: Anais Brasileiros de Estudos Turísticos

Fonte: Anais Brasileiros de Estudos Turísticos - ABET ; ABET, V.8, N.1, Jan./Abr., 2018 - Edição Temática: “História e Memória do Turismo”, pp.1-124; 8-22

Palavras-chave:


Resumo: O Cais do Valongo é considerado o maior porto de entrada de africanos na América Latina, já que recebeu entre 500 mil e 1 milhão de negros escravizados no Rio de Janeiro entre os anos de 1811 e 1831. Todavia, somente em 2011 o Cais foi redescoberto em razão do processo de revitalização da região portuária, projeto denominado de “Porto Maravilha”. Em razão de seu excepcional valor histórico e arqueológico, o sítio foi registrado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi o de analisar de forma descritiva como o Cais do Valongo, e mais especificamente a memória dos afrodescendentes sobre esse espaço que evidencia o período escravocrata no país, vem sendo apropriado turisticamente pelas políticas oficiais da Prefeitura e iniciativas de movimentos negros do Rio de Janeiro. Utilizou-se de metodologia de estudo de caso, que consiste na análise aprofundada do Cais do Valongo como lugar de memória (NORA, 1993), e realizou-se observação direta assistemática a campo e pesquisa bibliográfica sobre memória, lugar de memória e turismo cultural.