Publicações de Turismo
Nova busca:        


Criatividade & Competitividade: Uma Análise do Processo Criativo de Chefs Brasileiros Contemporâneos / Creativity & Competitiveness: An Analysis of the Creative Process of Contemporary Brazilian Chefs
 
     Criatividade & Competitividade: Uma Análise do Processo Criativo de Chefs Brasileiros Contemporâneos / Creativity & Competitiveness: An Analysis of the Creative Process of Contemporary Brazilian Chefs
     
     


Autor(es):
Lopes, Mariana da Silva
Gimenes-Minasse, Maria Henriqueta S. Garcia


Periódico: Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade

Fonte: ROSA DOS VENTOS - Turismo e Hospitalidade; v. 13, n. 4 (2021): Revista Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade

Palavras-chave:
Ciências sociais Aplicadas/Turismo; Gastronomia; Gastronomy; Chefs; Criatividade; Creativity; Competitividade; Competitiveness; São Paulo, Brasil; Brazil.


Resumo: RESUMOEste artigo tem como objetivo investigar as influências do processo criativo de chefs brasileiros na concepção e na competitividade de seus restaurantes. Trata-se de um estudo de casos múltiplos desenvolvido a partir das premissas de Yin (2014), envolvendo três chefs brasileiros [Bel Coelho, Ivan Ralston e Rodrigo de Oliveira], com restaurantes em operação e que trabalham com gastronomia brasileira contemporânea. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. Os processos criativos dos chefs investigados foram descritos e analisados a partir dos modelos já existentes, especialmente aqueles aplicados à área da gastronomia, como Wallas (1926, apud Baldaque, 2015); Horgn e Hu (2008); Ottenbacher e Harrington (2008); Stierand, Dorfler e Macbryde (2014); Adrià, Soler e Adrià (2010); Bouty e Gomez (2013). Estes processos foram então relacionados à teoria da vantagem competitiva de Porter (1980) e dentre os principais resultados, verificou-se: ser inerente aos chefs de cozinha de restaurantes upscale a utilização de recursos experienciais para diferenciar e personalizar uma refeição; que cada chef estrutura seu processo criativo de maneira personalizada; que a criatividade é percebida como um elemento fundamental para o encantamento do cliente; que o reconhecimento como um chef criativo permite diferenciação em um mercado competitivo e garante retorno financeiro aos estabelecimentos associados a estes profissionais.PALAVRAS-CHAVEGastronomia; Chefs; Criatividade; Competitividade; São Paulo, Brasil. ABSTRACTThis article aims to investigate the influences of the creative process of Brazilian chefs in the design and competitiveness of their restaurants. This is a multiple case study developed based on Yin's assumptions (2014) involving 3 Brazilian chefs (Bel Coelho, Ivan Ralston and Rodrigo de Oliveira) with restaurants in operation and working with contemporary Brazilian cuisine. The research was developed from a bibliographic review, documentary research and semi-structured interviews. The creative processes of the investigated chefs were described and analyzed based on existing models, especially those applied to the area of gastronomy, such as Wallas (1926, apud Baldaque, 2015); Horgn & Hu (2008); Ottenbacher & Harrington (2008); Stierand et al. (2009); Adriá et al. (2010) and Bouty & Gomez (2013). These processes were then related to Porter's theory of competitive advantage (1980) and among the main results, it was found: it is inherent to upscale restaurant chefs to use experiential resources to differentiate and personalize a meal; each chef structures his creative process in a personalized way; creativity is perceived as a fundamental element for enchanting the client; recognition as a creative chef allows for differentiation in a competitive market and guarantees financial return to establishments associated with these professionals.KEYWORDSGastronomy; Chefs; Creativity; Competitiveness; São Paulo, Brazil. AUTORIAMariana da Silva Lopes – Mestra. Doutoranda na Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/6394425147404715 E-mail: msl.marislopes@gmail.comMaria Henriqueta S. Garcia Gimenes-Minasse – Doutora. Professora na Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-4952-808X E-mail: mariegimenes@gmail.com REFERENCIASAdrià, F., Soler, J., & Adrià, A. (2010). A Day at elBulli. London: Phaidon.Akel, G. M., Gândara, J. M. G., & Brea, J. F. (2012). Métricas da qualidade da experiência do consumidor de bares e restaurantes: uma revisão comparada. Revista Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, 4(3), 416-439. LinkAmabile, T. M. (1988). A model of creativity and innovation in organizations. Research in Organizational Behavior, 10(1), 123-167. LinkBarbosa, M. L., & Farias, S. A. de. (2012). Em busca de uma experiência extraordinária em serviços de restaurante. Revista Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, 4(3), 440-454. LinkBaldaque, A. (2015). Apetite pela Criatividade: o processo criativo de três chefs de alta cozinha. Dissertação, Mestrado em Economia e Gestão da Inovação, Universidade do Porto, Portugal. LinkBarthes, R. (1997). Toward a psychosociology of contemporary food consumption. In: C. Counihan & P. Esterik (orgs.). Food and Culture - a reader (pp. 20-27). Psychology Press: New York.Bourdieu, P. (1986). Distinction. New York: Routledge.Bouty, I., & Gomez, M.-L. (2013). Creativity in haute cuisine: strategic knowledge and practice in gourmet kitchens. Journal of Culinary Science & Technology, 11(1), 80-95. LinkCastleman, T., & Chin, C. (2002). E-commerce and the Competitiveness of Small Enterprises: a study of the restaurant industry. Geelong: Deakin University. LinkCautela, C., Simoni, M., & Zurlo, F. (2018). New wine in old bottles or new bottles for new wine? Product language approaches in design-intensive industries during technological turmoil. Creativity and Innovation Management, 27(2), 133-147. LinkFeuls, M. (2018). Understanding culinary innovation as relational: Insights from Tarde´s relational sociology. Creativity and Innovation Management, 27(2), 161-168. LinkGimenes, M. H., Brea, J. F., & Gândara, J. M. (2012). Comidas inolvidables: La construcción de una metodología para analizar las experiencias de comer fuera de casa. Estudios y Perspectivas en Turismo, 21(4), 802-824. LinkGoldfarb, W. (2014). Its all Greek to me: towards a broader view of food science and “creativity” in gastronomy. International Journal of Gastronomy and Food Science, 2(1), 46-50. LinkGuia Michelin (2019). Guia Michelin São Paulo: Restaurantes. LinkHirschman, E. (1980). Innovativeness, novelty seeking, and consumer creativity. Journal of Consumer Research, 7(3), 283-295. LinkHorgn, J.-S., & Hu, M.-L. (2008). The mystery in the kitchen: culinary creativity. Creativity Research Journal, 20(2), 221-230. LinkJacob, H. (2012). Gastronomídia: os ambientes midiáticos e as linguagens da comida e da cozinha. Revista Communicare, 12(2), 113-125. LinkKrippendorf, K. (2018). Content Analysis: an introduction to its methodology. New York: Sage.Lassen, A.; Mckelvey, M. & Ljungberg, D. (2018). Knowledge-intensive entrepreneurship in manufacturing and creative industries: same, same, but different. Creativity and Innovation Management, 27(3), 284-294. LinkLunardelli, T. (2012). Estética do gosto. Dissertação, Mestrado em Artes, Universidade Estadual Paulista, Brasil. LinkMontanari, M. (2006). Food is Culture. New York: Columbia University.Mckelvey, M., & Lassen, A. (2018). Knowledge, meaning and identity: key characteristics of entrepreneurship in cultural and creative industries. Creativity and Innovation Management, 27(3), 281-283. Link Muller, C., & Woods, R. (1994). An expanded restaurant typology. The Cornell Hotel and Restaurant Administration Quarterly, 35(3), 27-37. LinkOliveira, M. Da S. (2006). Gestão de Restaurantes: uma Prática de Hospitalidade. Dissertação, Mestrado em Hospitalidade, Universidade Anhembi Morumbi, Brasil. LinkOttenbacher, M., & Harrington, R. J. (2008). The culinary innovation process: a study of Michelin-starred chefs. Journal of Culinary Science & Technology, 5(4), 9-35. LinkParreira, S. (2015). Design-en-place: Processo de Design e Processo Criativo na Alta Cozinha. Tese, Doutorado em Design de Comunicação, Universidade de Lisboa, Portugal. LinkParreira, S. (2016). Ferran Adrià, a criatividade como discurso (entre gastronomia, arte e design). Revista Estúdio, 7(15), 50-57. LinkPelaez, V., Melo, M., Hofmann, R., & Aquino, D. (2009). Fundamentos e microfundamentos da capacidade dinâmica da firma. Revista Brasileira de Inovação, 7(1), 101-125. LinkPine, B., & Gilmore, J. (1998). Welcome to the Experience Economy. Harvard Business Review, 76, 97-105. LinkPorter, M. (1980). Competitive Strategy: techniques for analysing industries and competitors. New York: Free Press.Ribeiro, R., Marques, R., & Flores Filho, E. (2016). A criatividade dos chefes de cozinha e o consumo moderno da Gastronomia. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(2), 265-274. LinkRousseau, S. (2012). Food Media: celebrity chefs and the politics of everyday interference. New York: Berg.Salazar, V., De Moraes, W., & Leite, Y. (2016). Tomei caldo de mocotó aí oh fiquei forte! Processo de desenvolvimento de recursos estratégicos em restaurante gastronômico. Revista Turismo em Análise, 27(3), 668-695. LinkStierand, M., Dorfler, V., & Macbryde, J. (2014). Creativity and innovation in haute cuisine: towards a systemic model. Creativity and Innovation Management, 23(1), 15-28. LinkTeixeira, A., Barbosa, M., & Souza, A. (2013). El sistema de oferta de restaurantes de alta gastronomia: uma perspectiva sensorial de las experiencias de consumo. Estudios y Perspectivas em Turismo, 22(2), 336-356. LinkTondolo, V., & Bitencourt, C. (2014). Compreendendo as capacidades dinâmicas a partir de seus antecedentes, processos e resultados. Brazilian Business Review, 11(5), 124–147. LinkVargas, K., Moura, G., Bueno, D., & Paim, E. (2017). A cadeia de valores e as cinco forças competitivas como metodologia de planejamento estratégico. Rebrae, 6(1), 11-22. LinkYin, R. (2014). Case Study Research: design and methods. Thousand Oaks: Sage.