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Formação superior e desenvolvimento do enoturismo no Brasil
 
     Formação superior e desenvolvimento do enoturismo no Brasil
     
     


Autor(es):
Tonini, Hernanda
Lavandoski, Joice
Carlotto, Odila Bondam
Martins, Bianca de Avila


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 11 n. 2 (2021); 247-266

Palavras-chave:
Enoturismo; Desenvolvimento regional; Educação.


Resumo: Para o desenvolvimento do enoturismo é fundamental a atuação de pessoas qualificadas, com conhecimentos voltados ao marketing, à comercialização, à hospitalidade e bem receber, dentre outros. Inexiste formação superior específica em enoturismo no Brasil e esta prestação de serviço turístico nas vinícolas, muitas vezes é desempenhada pelos enólogos ou outros profissionais da indústria vinícola. A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a contribuição dos cursos superiores de Viticultura e Enologia do país no desenvolvimento do enoturismo no Brasil, verificando a percepção dos coordenadores dos cursos, os respectivos projetos pedagógicos – PPC’s, o perfil dos egressos e as atividades realizadas por eles. Por meio de questionário on-line e pesquisa documental, foram analisados cinco dos seis cursos de Viticultura e Enologia existentes no Brasil, e uma amostra de 125 egressos, concluintes até 2018. Os questionários foram tabulados usando o software Excel e analisados através de estatística descritiva. De acordo com a amostra, 55% dos egressos são do sexo feminino, a maioria dos participantes possui entre 19 a 29 anos (52%) e exercem suas atividades profissionais principalmente no Rio Grande do Sul. Dentre as principais atividades realizadas pelos egressos estão a elaboração e análise de vinhos, recepção e atendimento aos turistas, guiamento em visitas, varejo e comercialização. Tanto egressos como coordenadores consideraram importante aprender sobre enoturismo, embora as diretrizes dos PPC’s, por vezes, não contemplem o conteúdo de forma obrigatória. Os resultados do estudo contribuem para reforçar a importância dessa área de formação, além de discutir conteúdos relevantes e atualizados em relação às diretrizes dos PPC’s, qualificando a participação dos egressos no desenvolvimento do arranjo produtivo local Uva e Vinho. Isso implica diretamente na melhoria da área, no que tange à educação superior, e que tem sido pouco abordada considerando-se o crescente desenvolvimento do setor vitivinícola e turístico no país.