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A trilha como o lugar da coisa toda: as trilhas da Ilha Grande como lugares turísticos
 
     A trilha como o lugar da coisa toda: as trilhas da Ilha Grande como lugares turísticos
     
     


Autor(es):
Pereira Ostanello, Mariana Cristina
Manhães Prado, Rosane


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 11 (2021): Dossiê 'Turismo em Perspectivas Antropológicas'; 191-216

Palavras-chave:
Ilha Grande-RJ; Turismo; Turismização; Caminhante; Trilhas; Turismo; Antropologia do Turismo; Etnografia; Trilhas de trekking


Resumo: A Ilha Grande, localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, destaca-se pelo turismo de caminhada devido ao amplo circuito de trilhas bem estruturado e sinalizado ali existente. As trilhas da Ilha Grande são caminhos históricos constituídos ao longo dos séculos, desde os indígenas pré-descobrimento, e tiveram diversos usos e configurações até o momento atual, em que o turismo é o protagonista. Este artigo tem como objetivo apresentar, através de uma perspectiva etnográfica, fatos e ações públicas e privadas que contribuíram para que as trilhas da ilha fossem ressignificadas ao longo do tempo e transformadas em lugares e recursos turísticos. A teoria antropológica de Tim Ingold, de que a vida se constrói ao longo de trilhas e da caminhada por elas, foi uma inspiração para esta pesquisa baseada em observação direta, entrevistas presenciais e online e pesquisas bibliográficas. Mostramos como as trilhas da Ilha Grande se constituíram e têm sido ao longo do tempo utilizadas por diferentes usuários em diversas circunstâncias, como também mostramos que os significados das trilhas para os visitantes – os caminhantes – e para os visitados – os moradores locais – obedecem a lógicas opostas: para os primeiros, é o lugar do prazer, do lazer; e para os últimos, o lugar do trabalho e da vida fluindo.