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Antropologia e turismo: breves considerações sobre as praias do litoral do Piauí
 
     Antropologia e turismo: breves considerações sobre as praias do litoral do Piauí
     
     


Autor(es):
Oliveira, Jonas Henrique
dos Santos Silva, Clodson


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 11 (2021): Dossiê 'Turismo em Perspectivas Antropológicas'; 217-233

Palavras-chave:
Antropologia; Turismo; Distinção Social; Praia; lazer; Antropologia e Turismo


Resumo: Este artigo tem o objetivo de analisar a relação entre antropologia e turismo de mar e sol, tendo como local privilegiado de interpretação etnográfica o litoral piauiense. Este litoral oferece um excelente campo de observação da cultura na perspectiva antropológica, pois além das belezas naturais, apresenta uma diversidade de atividades (pesca, fabricação de artesanatos, produção de mariscos, construção de embarcações tradicionais etc.) que contribuem para a compreensão da cultura em múltiplas dimensões. Neste trabalho direcionamos nossa análise para as narrativas dos trabalhadores do turismo sobre os turistas que visitam o litoral do Piauí, procurando acessar as suas visões de mundo. No processo de pesquisa que subsidia este artigo, lançamos mãos da combinação de duas estratégias: a parcela do trabalho que se debruça sobre a relação entre a antropologia e o turismo, assim como a reflexão sobre os pontos de convergência e divergência entre estas duas áreas foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica; já a parte que analisa as representações construídas pelos nativos em torno do turismo de sol e mar no litoral do Piauí foi trabalhada através dos dados empíricos levantados in loco a partir de pesquisa de campo nas seguintes localidades: praia de Barra Grande  no município de Cajueiro da Praia -PI; praia de Atalaia e praia do Coqueiro no município de Luís Correia - PI; e praia da Pedra do Sal em Parnaíba - PI. Turismo e antropologia são áreas que durante muito tempo permaneceram distantes. Muitos fatores podem ter contribuído para isso, mas é possível afirmar que havia, por parte da antropologia, um certo preconceito ao considerar o turismo uma área menor. Apesar disso, nas últimas décadas vem ocorrendo um maior diálogo, que pode ser verificado pelo aumento das publicações científicas tanto no campo do turismo quanto no campo da antropologia. Esperamos, através deste trabalho, ampliar a sinergia entre turismo e antropologia, contribuindo para que a proximidade seja profícua e duradoura.