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Sapukai - o nhandereko mbya se transforma em turismo de resistência indígena no estado do Rio de Janeiro, Brasil
 
     Sapukai - o nhandereko mbya se transforma em turismo de resistência indígena no estado do Rio de Janeiro, Brasil
     
     


Autor(es):
de Miranda Mendonça, Teresa Cristina
de Oliveira dos Santos, Renato
Nei da Silva de Souza, Nadson
dos Reis Andrade, Sandro


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 11 (2021): Dossiê 'Turismo em Perspectivas Antropológicas'; 234-260

Palavras-chave:
Aldeia Sapukai, Guarani Mbya; Turismo em terras e comunidades indígenas; Turismo de base comunitária; Turismo em terras e comunidades indígenas


Resumo: O tema turismo em terras e comunidades indígenas no estado do Rio de Janeiro é apresentado, neste trabalho, a partir de uma contextualização classificatória sobre as diversas propostas de turismo indígena na América Latina até chegar ao caso específico investigado, a Aldeia Sapukai, localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde, litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Esta pesquisa, iniciada em 2015, tem como orientação de área para pesquisa, o mapa de turismo de base comunitária lançado pelo núcleo de turismo do Fórum de Comunidades Tradicionais - Angra – Paraty - Ubatuba, que deu origem à Rede Nhandereko de Turismo de Base Comunitária. Neste mapa, onde estão indicadas experiências caiçaras, quilombolas e indígenas do litoral sul do estado do Rio e do litoral norte de São Paulo, as aldeias guarani mbya Araponga, Itaxim de Paraty Mirim e Sapukai, esta última foco de reflexões para este trabalho, são as localizadas no Rio de Janeiro. Desse modo, buscamos pelos significados do turismo, localmente denominado de base comunitária, tanto no campo das representações e dos discursos, quanto das práticas locais. Assim, ao descobrir caminhos e caminhar por este mapa, a partir da perspectiva metodológica de Tim Ingold, o que se tem colocado em relevo é que, para além do objetivo econômico, o ganho do pira pire, entre a prática do turismo indireto ou direto, o turismo na tekoa Sapukai, localmente denominado de base comunitária, se revela como um interlocutor de histórias, que manifesta nhandereko. O nhandereko que se expressa em uma experiência que possibilita, não apenas à visibilidade do turismo indígena, mas também a visibilidade político-territorial dos territórios indígenas, um turismo de resistência no estado do Rio de Janeiro.