Resumo: Governança do turismo no Brasil tem sido objeto de olhar acadêmico, sobretudo em decorrência das políticas estabelecidas pelo Ministério do Turismo, que instituiu a regionalização como premissa de desenvolvimento. A atuação colaborativa das chamadas Instâncias de Governança encontra desafios como dependência de definições e ações do poder público, ou ainda a falta de engajamento dos diferentes atores, o que indica ainda a necessidade de articuladores que liderem o estímulo ao compartilhamento de informações. O presente artigo aborda o papel desempenhado por um parceiro institucional de natureza privada, através de uma pesquisa participativa no projeto Turismo Catarinense em Movimento, idealizado e executado pelo Senac SC e pela Fecomércio SC, que buscou contribuir com o planejamento das instâncias de governança, promovendo a identificação de gargalos comuns, e constituindo uma atuação em rede. É possível perceber que as relações são intensificadas pela liderança e articulação de um ator privado, em complemento a políticas públicas, na medida em que sua representatividade viabiliza priorizar e propor ações aos atores regionais. Com o presente estudo, se espera intensificar os entendimentos da importância da iniciativa privada nas estruturas de governança, bem como demonstrar o potencial de desenvolvimento regional com a consolidação das articulações em parcerias público-privadas.
