Fonte: Revista Turismo em Análise; v. 32 n. 2 (2021): Maio-Agosto; 389-412
Palavras-chave:
Geoturismo; Experiência turística; Paisagem natural; Unidade de conservação; Educação ambiental
Resumo: A pesquisa investigou se a geodiversidade faz parte da experiência do turista, na trilha das Cataratas do Parque Nacional do Iguaçu no Brasil. O turista foi a unidade de análise. Na coleta das informações em campo foi usado o método Shadowing, com abordagem qualitativa. A elas somaram-se levantamento documental e bibliográfico, que foram tratadas pelo método de Análise de Conteúdo e interpretadas com base no aporte conceitual do turismo e domínios da experiência do modelo pine-gilmoriano, da geodiversidade e do geoturismo. A pesquisa foi realizada em área de visitação do Parque Nacional do Iguaçu, na trilha das Cataratas. Este é o trajeto onde o turista tem melhor visão das cataratas e é a única atividade já incluída no ingresso do parque. O estudo concluiu que os turistas não identificam espontaneamente o que veem como geodiversidade. Ou seja, não percebem os processos naturais – incluindo os geológicos, hidrológicos e geomorfológicos –, necessários para a formação daquela paisagem que os atrai, ou ainda, a percepção dos elementos abióticos explícitos envolvidos, tais como rochas e revelo. Os termos mencionados pelos turistas sobre esses elementos são os componentes da paisagem que lhes é mostrada.