Resumo: A epidemia do COVID 19, impactou várias atividades econômicas, que tiveram de ser total ou parcialmente paralisadas para atender às medidas sanitárias necessárias para proteger a população. O turismo, por se tratar de uma atividade econômica pautada no deslocamento de pessoas, foi uma das atividades mais afetadas diante do referido cenário. Os equipamentos turísticos, como os meios de hospedagem, seguiram os referidos protocolos sanitários, estabelecidos por decretos estaduais e municipais, seja de distanciamento, paralização das atividades ou mesmo de lockdown.
A identificação do impacto causado pela pandemia na mobilidade corporativa na perspectiva dos meios de hospedagem, recai no entendimento do desempenho do setor de acordo com a demanda turística de visitantes, e a respectiva segmentação. O objetivo do presente artigo é investigar o impacto do COVID 19 na mobilidade corporativa sob a perspectiva dos meios de hospedagem, e caracteriza-se como pesquisa exploratória, qualitativa, com estudo de casos múltiplos. A investigação aconteceu em duas etapas, para responder a questão de pesquisa “qual o impacto da COVID 19 na mobilidade corporativa, sob a perspectiva dos meios de hospedagem”. A primeira etapa, utilizou-se o levantamento bibliográfico para identificação dos conceitos e achados com base nas palavras chave, e a segunda realizou-se estudo de casos múltiplos, com escolha por conveniência de acesso, selecionando-se a Accor Hotels International e a Meliá Hotels International, duas redes hoteleiras internacionais que fazem parte do ranking das administradoras hoteleiras que atuam no Brasil, conforme relatório da JLL`´`` Hotels & Hospitality que indica como os principais segmentos da demanda hoteleira no Brasil: negócios, lazer, grupos de eventos, tripulação e outros; os resultados coletados na amostra serão comparados a apresentados com acréscimos dos dados secundários obtidos na revisão bibliográfica. A coleta dos dados ocorreu por meio de roteiro de entrevistas estruturadas aplicadas por formulário eletrônico respondido por representante da alta gestão corporativa das referidas redes no Brasil, que representam juntas 182 propriedades e 36.378 quartos.
