Fonte: Turismo: Visão e Ação; v. 10 n. 2 (2008); 244 - 262
Palavras-chave:
Resumo: Não se tem um esboço de uma abordagem de gestão interorganizacional socioprodutiva e sociopolítica que fomente comunidades tradicionais a protagonizarem seus modos de produção, conectados a princípios de sustentabilidade territorial próprios. Neste contexto, surge a denominação arranjo socioprodutivo de base comunitária que contribui para complexificar a problemática que trata de redes de organizações socioprodutivas locais, qualificadas como associativas, comunitárias ou de socioempreendedorismo individual, prescindindo de responsabilidade socioambiental, articuladas em arranjos institucionais, e que se reconhecem como território e que valorizam o conhecimento tradicional-comunitário, caracterizado pela capacidade de gerar demandas e propostas que não se distanciam nem se desvinculam das nuances e peculiaridades do quotidiano, a partir do olhar das próprias pessoas. O objetivo deste artigo foi de refinar, ou melhor, justificar o conceito de arranjo socioprodutivo de base comunitária, proposto inicialmente por Sampaio, Mantovaneli Jr. e Pellin (2004) e Sampaio, Mundim e Dias (2004), a partir de uma experiência em curso que privilegia o turismo comunitário e que se propõe articular com redes de comércio justo. Conclui-se que o APL.Com, por sua vez, potencializa o chamado turismo comunitário, que é uma estratégia para que populações tradicionais, independente do grau de descaracterização frente à hegemonia das sociedades urbanas industriais, sejam protagonistas de seus modos de vida.
Palavras-Chaves: Turismo Comunitário. Arranjo Socioprodutivo de Base Comunitária. Comércio Justo.