Resumo: O presente trabalho analisa um tema ainda pouco debatido na academia em turismo no Brasil - o afroempreendedorismo - aqui conceituado como o empreendedorismo realizado por negros e negras que buscam, por meio do seu trabalho, valorizar a cultura afro e fazer dela seu meio de renda e apoio. O artigo tem por objetivo discutir a responsabilidade social das empresas comandas por afroempreendedores em turismo no Brasil, tendo como base para a análise as sete diretrizes de responsabilidade social empresarial formulado pelo Instituto Ethos e Sebrae. É resultante de uma pesquisa qualitativa que contou com diferentes técnicas de coleta de dados – questionário enviado via Google Forms e respondido por 15 afroempreendedores do setor e ainda três entrevistas, além do acompanhamento de lives, palestras, redes sociais dos afroempreendedores do setor a fim de levantar dados. Como resultado, a investigação revelou que todas as sete diretrizes (adote valores e trabalhe com transparência; comprometa-se com o bem comum; promova sua comunidade; valorize empregadores e colaboradores; proteja clientes e consumidores; envolva parceiros e fornecedores; faça sempre mais pelo meio ambiente) vão ao encontro às práticas dos afroempreendedores do afroturismo, com ênfase naquelas voltadas à promoção da comunidade e o envolvimento de parceiros e fornecedores e que o quesito que apregoa a necessidade de cuidar do meio ambiente foi a que teve menor recorrência. Como conclusão, o estudo reitera a necessidades de mais investigações sobre afroempreendedorismo brasileiro, em especial no setor turístico.
