Fonte: Revista Turismo em Análise; v. 33 n. 1 (2022): Janeiro-Abril; 72-94
Palavras-chave:
Competitividade; Destino turístico; Turismo de natureza; Áreas Protegidas; Unidades de conservação
Resumo: A competitividade pode ser uma ferramenta poderosa para a conservação do meio ambiente e para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade local. O objetivo deste artigo é propor um modelo de avaliação de competitividade de destinos turísticos baseados na natureza, utilizando como referência os parques nacionais no Brasil. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa e quantitativa, de caráter exploratório e descritivo, utilizando o método dedutivo e como técnicas de pesquisa: a bibliográfica, a Delphi e o survey. Como procedimento metodológico, realizou-se um vasto levantamento bibliográfico e documental para constituição de uma matriz com sete fatores, 59 indicadores e 152 variáveis. A matriz de indicadores e variáveis foi submetida a um painel constituído por três especialistas em gestão de turismo usando a técnica Delphi. Após a validação pelos especialistas, a matriz foi submetida à avaliação de 35 gestores de parques nacionais brasileiros por meio de um formulário on-line. Os dados coletados foram analisados com técnicas de estatísticas descritivas. Posteriormente, foram inqueridos 637 visitantes dos 74 parques nacionais brasileiros por meio de um formulário on-line contendo os 59 indicadores validados pelos especialistas e gestores. Os dados coletados junto aos visitantes foram utilizados para gerar uma modelagem de equação estrutural por meio de métodos mínimos quadrados parciais (PLS-MEE). Pela técnica de análise fatorial exploratória e modelagem de equações estruturais foram confirmados 43 indicadores organizados em cinco fatores: infraestrutura e fatores de suporte, atrativos culturais, gerenciamento do destino, qualidade de vida dos residentes e atividades de aventura.
