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Património cultural e turismo: reflexões a propósito de paz, respeito, tolerância e inclusão
 
     Património cultural e turismo: reflexões a propósito de paz, respeito, tolerância e inclusão
     
     


Autor(es):
Cadavez, Cândida


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 13 (2023): Dossiê Número 5 'Museus, Turismo e Sociedade'; 45-77

Palavras-chave:
Turismo; Museu; Patrimonio cultural; Humanismo; Paz; Turismo; Museu


Resumo: Partindo da assunção de que a prática turística e os espaços museológicos devem ser entendidos como veículos de acesso privilegiado a diversas tipologias de representações patrimoniais, o presente artigo pretende ser uma reflexão sobre a forma como, nestes dois contextos, poderão ser encontrados e vivenciados cenários que contribuam para, entre outros, promover boas práticas de convivialidade entre grupos distintos e o respeito pelos direitos humanos. Poderá a fruição patrimonial, que acontece no âmbito do turismo e das atividades proporcionadas por museus, ser um elemento coadjuvante na implementação de um novo humanismo que recentre o ser humano como foco principal de todas as ações agenciadas quotidianamente a nível global? Mais, será que em situações adversas, como no caso de ambientes de pandemia ou beligerantes, a consciência e a fruição patrimoniais adquirem novos simbolismos? Para poder refletir sobre estas questões é importante entender a polissemia inerente à expressão “património cultural” e desconstruí-la em função de particularidades específicas coevas. O Código Mundial de Ética do Turismo e as intenções que subjazem à escolha do tema do Dia Internacional dos Museus 2022, bem como da conferência geral do ICOM, agendada para Praga em agosto do mesmo ano, “O Poder dos Museus”, são referências importantes para esta investigação, pois que, por um lado, alertam para cuidados e atributos relacionados com a fruição patrimonial em contexto turístico, e, por outro, demonstram uma preocupação institucional real sobre o modo como os museus poderão contribuir a favor dos desafios e carências do século XXI, nomeadamente no que respeita à construção de sociedades livres, democráticas e com conhecimentos, nas quais os valores humanistas essenciais à coesão e à paz coevos deverão ser desempenhar sempre o papel principal.