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A Influência das Emendas Parlamentares sobre o Orçamento Público em Turismo no Brasil
 
     A Influência das Emendas Parlamentares sobre o Orçamento Público em Turismo no Brasil
     The Influence of Parliamentary Amendments on The Public Budget in Tourism in Brazil
     La Influencia de las Enmiendas Parlamentarias en el Presupuesto Público en el Turismo en Brasil


Autor(es):
Silva, Rodrigo Cardoso
Pontes da Fonseca, Maria Aparecida


Periódico: Turismo, Visão e Ação

Fonte: Turismo: Visão e Ação; v. 25 n. 2 (2023): Maio-Ago; 263-283

Palavras-chave:
Emendas parlamentares; Orçamento público; Políticas públicas de turismo


Resumo: O parlamento brasileiro tem sido estudado de forma sistemática por várias áreas do conhecimento, sendo que, dentre tantas, destacam-se a ciência política, a sociologia, a administração pública. O turismo tem recebido visibilidade na agenda pública, por impulsionar o desenvolvimento econômico e social. Nas três últimas décadas (desde 1990), o Estado brasileiro tem investido de forma contínua nas formulações de políticas públicas e no investimento financeiro nos destinos turísticos do país. No entanto, são escassos os resultados da atuação governamental na estruturação dos destinos e na diversificação da oferta de produtos turísticos. Alguns autores (Silva & Fonseca, 2017; Todesco & Silva, 2021) atribuem esse baixo desempenho à forma como os recursos são distribuídos e utilizados pelos municípios e regiões turísticas, pois assinalam que uma fatia significativa do orçamento é designada por emendas parlamentares. Neste artigo, tencionou-se estudar a atuação parlamentar no orçamento do Ministério do Turismo (Mtur). Nesse sentido, o objetivo do trabalho é entender a participação das emendas parlamentares no orçamento do Mtur e se essa influência pode ter prejudicado o desempenho do ministério. O percurso metodológico consistiu em leitura bibliográfica sobre emendas, orçamento público para dar base e sustentação à investigação, em seguida, foram sondados dados no SIGA Brasil, com relatórios de execução orçamentária, também se utilizou estatísticas descritivas. O recorte temporal foi de 2003 (criação do MTur) até 2016. Os principais resultados demonstram uma elevada participação parlamentar na distribuição e uso dos recursos do MTur, sendo que, em alguns anos, o orçamento de emendas chega a ocupar cerca de 80% de todos os recursos investidos