Publicações de Turismo
Nova busca:        


Cultivo de cafés e turismo no sistema de agrofloresta no Brasil
 
     Cultivo de cafés e turismo no sistema de agrofloresta no Brasil
     Coffee growing and tourism in agroforestry system in Brazil
     Cultivo de cafés y turismo en el sistema de agrofloresta en Brasil


Autor(es):
Minasi, Sarah Marroni
Tavares, Beatriz Carvalho
Oliveira, Alini Nunes de
Pagnussat, Eduarda


Periódico: Anais Brasileiros de Estudos Turísticos

Fonte: Anais Brasileiros de Estudos Turísticos; ABET, Vol. 13, Regular Issue (2023)

Palavras-chave:
Café; Agrofloresta; Turismo de Cafés


Resumo: O objetivo desta pesquisa é descrever a atividade turística associada ao cultivo de cafés em sistemas de agrofloresta no Brasil, destacando as interações entre a produção de cafés especiais e o potencial turístico. A monocultura de café prevalece como o principal modelo produtivo no Brasil. Contudo, observa-se um aumento na produção de cafés especiais em sistemas diversificados, como sombreado, orgânico, agroecológico, sintrópico e consorciado. Essas práticas abrem espaço para a incorporação de atividades econômicas adicionais, incluindo o turismo. A pesquisa explora a relação entre a produção de cafés especiais em sistemas agroflorestais e o desenvolvimento do turismo nas propriedades. Destaca-se a diversificação produtiva, incluindo aspectos como agricultura familiar, produção feminina, orgânica e agroecológica, como fatores influenciadores na atração de turistas. Para alcançar o objetivo proposto, foram empregados métodos como pesquisa bibliográfica, documental e a aplicação de questionários a produtores de café em todo o país. O levantamento, conduzido entre abril e novembro de 2021, teve como filtro as quatro regiões produtoras em sistema de agrofloresta: Ceará, Caparaó (ES/MG), Pernambuco e Rondônia. Os resultados indicam que o sistema de agrofloresta para o cultivo de café especial está associado a características produtivas distintas, como agricultura familiar, produção feminina e práticas orgânicas e agroecológicas. O estudo reconhece o potencial do turismo de cafés nessas propriedades, mesmo quando não é formalmente praticado, revelando o interesse dos produtores nessa atividade complementar. Conclui-se que a adoção de sistemas agroflorestais no cultivo de cafés especiais não apenas diversifica a produção, mas também apresenta uma oportunidade significativa para o desenvolvimento do turismo nas propriedades. A interligação entre produção sustentável e atração turística destaca a importância de estratégias integradas para promover práticas mais diversificadas e sustentáveis no setor cafeeiro brasileiro. Recomenda-se que pesquisas futuras explorem a eficácia de estratégias de marketing e gestão para otimizar o potencial turístico em propriedades que cultivam cafés especiais em sistemas agroflorestais, considerando a experiência do visitante, a sustentabilidade ambiental e as práticas agrícolas inovadoras.