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Geoparque Capixaba: proposta Geoturística para o Espírito Santo
 
     Geoparque Capixaba: proposta Geoturística para o Espírito Santo
     Capixaba Geopark: Geotourism proposal for Espírito Santo (Brazil)
     


Autor(es):
Costa, Soraia Fernandes
Peixoto, Carlos Augusto Brasil
Cunha, Lúcio
Souza, Adélia Maria de


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 16 n. 5 (2023): novembro/2023-janeiro/2024

Palavras-chave:
Geodiversidade; Geoparque; Geosítios;; Capixaba


Resumo: A grave crise sanitária global de 2020 impactou a economia em todos os setores da economia, mas o turismo foi um dos mais prejudicados devido à imposição de confinamento pela OMS. Após quase três anos de pandemia o governo e o setor privado buscam reconstruir estas redes produtivas com o incentivo ao turismo, para que este setor volte aos patamares de consumo pré pandemia. O estudo tem relevante importância para o segmento turístico do Espírito Santo, pois propõe a criação do Geoparque Capixaba, para um estado que não tem tradição de estar nas rotas turísticas de destaque em território brasileiro, ainda que possua uma geodiversidade ímpar e um geopatrimônio a ser descoberto. É importante referir que um geoparque é um território com apelo turístico diferenciado mas assente na geodiversidade, voltado para a sustentabilidade e para o desenvolvimento das comunidades locais. Assim, o objetivo principal do estudo é apresentar a proposta de uma área definida pelos limites de treze municípios do estado, que retrate a destacada geodiversidade Capixaba. O geoparque tem interesse em mostrar a geodiversidade do litoral, marcado por praias de areias monazíticas, até à imponente região de relevo serrano e montanhoso na porção oeste do estado, representada pelas mais curiosas geoformas graníticas, como o “Frade”, a “Freira” e a Pedra Azul. A pesquisa utilizou como método a abordagem qualitativa de caráter exploratório, com foco na pesquisa bibliográfica e documental, além da pesquisa in loco. Buscou-se identificar o panorama atual dos projetos de geoparques no Brasil, mostrar a situação do segmento turístico estadual, identificar a geodiversidade e o geopatrimônio existente na área proposta, selecionando alguns geossítios. Os resultados confirmam que não existe processo de proposta de criação de geoparque no estado, mas que existe importante potencial, tanto do ponto de vista da geodiversidade e das paisagens naturais, quanto do fluxo turístico. A princípio se propõem treze geossítios, classificados pela temática geomorfológica, petrológica, sedimentológica e espeleológica, entre outras características que lhe conferem importância turística. Claro que até uma proposta final que atenda aos critérios para um aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO, muito tem a ser feito, principalmente em termos de articulações políticas e científicas. Espera-se que a proposta do Geoparque Capixaba sirva de motivação e incentivo para o seu aprimoramento e proposição final como aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO, ou para novas propostas de geoparques no estado.