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A imagem do Padre Cícero e a Feira de São Cristóvão no Rio de Janeiro: relações com a memória, a história e o turismo
 
     A imagem do Padre Cícero e a Feira de São Cristóvão no Rio de Janeiro: relações com a memória, a história e o turismo
     
     


Autor(es):
Barbosa Angelo, Elis Regina


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 6 n. 2 (2016); 40-62

Palavras-chave:
Padre Cícero; Feira de São Cristóvão; Memória; Turismo


Resumo: Esse artigo tem como principal enfoque, estudar por meio dos elementos de memória e história, as representações culturais da vida e obra de Padre Cícero Romão Batista em outros territórios, especialmente por meio de documentos e objetos sob o poder de “guardiões da memória”, situados no centro de tradições nordestinas do Rio de Janeiro - Feira de São Cristóvão. Ao construir uma representação de religiosidade, por meio da manutenção de acervos, objetos e documentos que compõe não apenas um espaço de memória, mas a leitura de outros sujeitos participantes da vida e obra de padre Cícero, recria os sentidos de fé e continuidade de extensão à imagem e figura de um líder que corrobora com o pertencer dos migrantes da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Como metodologia, foi elaborado inventário de bens para direcionar quais os elementos de representação da vida do padre estão condensados nesse espaço, que incluem mobiliário, vestes, documentos e registros manuscritos de pessoas que tiveram contato com ele e de lembranças, memórias e testemunhos vivos. Também foi aplicada pesquisa quantitativa entres os membros do centro de tradição nordestina e os frequentadores de forma a levantar uma estimativa e perfil desta população responsável pela representação, manutenção e adaptação da cultura e religiosidade nordestina fora do nordeste intitulada: “quem são nossos nordestinos”. Como resultado compreendeu-se a partir dos sentidos da manutenção da religiosidade pela cultura popular, pela representação do padre e pela ideia de manter os elos com a terra, a história, e a figura do líder em outros tempos/espaços, as relações entre memória, história e turismo, numa tríade capaz de ampliar as discussões sobre como se forma o patrimônio cultural da religiosidade dos nordestinos em outros recantos.