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A representação mental e social do cinema brasileiro como espaço turístico
 
     A representação mental e social do cinema brasileiro como espaço turístico
     
     


Autor(es):
Guissoni, Rodrigo
Alencar, Débora Gonçalves


Periódico: Revista Iberoamericana de Turismo

Fonte: RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo; v. 10 n. 2 (2020); 211-236

Palavras-chave:
Turismo; Imaginário; Representação Social; Mapas Mentais; Brasil


Resumo: Uma representação é a constituição da expressão entre o sujeito e suas concepções de mundo, em interação constante com o espaço sociocultural, sendo este um objeto explorado pelas artes e pela atividade do turismo. O cinema compõe a integração entre o real e o imaginário, propondo um olhar artístico para as vivências, experiências e valores do indivíduo, o turismo, por sua vez, incorpora em suas atividades motivacionais aspectos oriundos dessas representações artísticas do espaço. Mediante este contexto, objetivou-se a leitura da representação social do cinema brasileiro no espaço turístico. Para tanto propôs-se uma leitura cognitiva da representação cinematográfica através da aplicabilidade da metodologia dos mapas mentais de Kozel (2001) e análise qualitativa dos dados sobre a contribuição da teoria da representação social de Moscovici (2007), que apesar de ter sido apresentada em 1961 possui como proposta a análise na produção de conhecimento como processo social responsável pela formação de representações. Essa metodologia foi aplicada junto a alunos de graduação em turismo com intuito de externalizar a percepção do cinema brasileiro. Dentre os principais resultados, observou-se que o cinema se constitui de distintas perspectivas, na qual coexistem diferentes interpretações das imagens fílmicas. Ficou evidente também que a percepção das produções cinematográficas brasileiras convergem para duas regiões do país – sudeste e nordeste –  e  que o cinema brasileiro, especificamente, ainda se mantém envolto a conceitos, valores, ideias e símbolos que foram atrelados à divulgação e turistificação das cidades, grupos e espaços influenciados pela fase do Cinema Novo (1960 - 1970) e, também, pela Fase da Retomada (1995 - 2002) no Brasil.