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Movimento do residente e a construção da cultura turística: um estudo crítico-dialético a partir de manifestações populares de Salvador-BA
 
     Movimento do residente e a construção da cultura turística: um estudo crítico-dialético a partir de manifestações populares de Salvador-BA
     Resident's movement and the development of the tourist culture
     


Autor(es):
Costa, Moabe Breno Ferreira
Alves , Maria Lúcia Bastos


Periódico: Ateliê do Turismo

Fonte: Ateliê do Turismo; v. 5 n. 2 (2021): Julho - Dezembro; 56-72

Palavras-chave:
manifestações populares, cultura turística, discursos performativos, sistemas de inovações, competitividade.


Resumo: O processo de construção das manifestações populares de Salvador-BA e sua estruturação como eventos turísticos é a problemática que impulsiona este artigo – uma narrativa interdisciplinar que correlaciona autores que refletem sobre turismo, cultura e produção de sentidos. O objetivo é discutir como o movimento de residentes coopera para a produção da cultura turística em Salvador. Definiu-se como amostragem, a Lavagem do Bonfim, a segundo maior festa popular do destino, e o Festival Virada Salvador, o mais recente atrativo do calendário institucional, para representar o objeto de estudo: manifestações populares de Salvador inseridas no calendário turístico da Prefeitura Municipal. O estudo segue o método crítico-dialético, cujos procedimentos operacionais são pesquisas bibliográfica e documental, entrevista ao então secretário municipal de Cultura e Turismo e observação participativa nas manifestações populares consideradas pela gestão como atrativos turísticos. O artigo contribui com uma discussão sobre cultura turística a partir das tradições e dinâmicas cotidianas do residente e com a compreensão da cidade turística como um composto orgânico que deve interconectar encantamentos e operacionalidades de modo a estimular pulsações vitais que produzem sentidos sociais. Nesta interconexão, estão elementos que constituem os movimentos culturais dos residentes e cooperam para construções identitárias, fomentam processos de inovações e fortalecem a competitividade do destino. Entre eles, estão história, tradições, cotidiano, estruturas urbanas, manifestações populares, além de relações e conflitos socioeconômicos e políticos.