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Agência do progresso e turismo: interlúdio paisagístico pelas lentes de Manoel Dantas
 
     Agência do progresso e turismo: interlúdio paisagístico pelas lentes de Manoel Dantas
     PROGRESS AND TOURISM AGENCY: LANDSCAPED INTERLUDE THROUGH THE MANOEL DANTAS’ LENS
     


Autor(es):
Silva, Sylvana Kelly Marques
Laibida, Luiz Demétrio Janz
Santana, Gilmar
Alves, Maria Lúcia Bastos


Periódico: Ateliê do Turismo

Fonte: Ateliê do Turismo; v. 5 n. 2 (2021): Julho - Dezembro; 109-128

Palavras-chave:
Cultura; Paisagem; Fotografia; Discurso; Natal / Rio Grande do Norte; Turismo


Resumo: Neste trabalho aborda-se os processos culturais relativos a fundação e consagração, pela via simbólica e imaginária, de sistemas que resultam na sujeição dos indivíduos, construídos sob a dominação colonial europeia diante de seus anseios e projetos para emular em territórios outras paisagens que representam o modelo decorrente das relações sócio históricas sob o veio da modernidade. Todavia, sem que esses assujeitamentos, aos quais os indivíduos são submetidos em seus processos de socialização, pareçam existir enquanto dispositivos de dominação. Um dos representantes de destaque na reprodução dessa dinâmica na capital norte rio grandense, no início do século XX, foi o jurista e intelectual Manoel Gomes de Medeiros Dantas. Influente em seus discursos, apreendeu elementos dessa cultura hegemônica nas paisagens urbanísticas que fotografou acabando por incentivar a propagação desse conjunto cultural, simbólico, político e econômico em seus espaços de vivência, articulando-os na conferência proferida no ano de 1909, intitulada; Natal D’aqui a cincoenta annos. As paisagens são reproduzidas no local com base no modelo de civilização que universalizou uma modernidade expressa nas estruturas que configuram a ideia do progresso e do turismo. Além do material produzido por Manoel Dantas, analisa-se também textos de jornais da época apoiados em argumentos teóricos de autores marxistas, com ênfase na metodologia regressiva-progressiva, elaborada por Henry Lefébvre (1977). Detecta-se nesses discursos subjetividades produzidas nos processos da ideologização dos modos de organização das relações econômicas, sociopolíticas e espaciais que motivaram a incorporação de inovações físicas na capital.