Fonte: Revista Turismo Estudos e Práticas - RTEP/UERN; Vol. 3 No. 2 (2014); 77-92
Palavras-chave:
Resumo: Nos últimos anos, tem sido implementada uma nova forma de pensar e planejar a cidade: a que enfatiza a visão empreendedora em detrimento de um planejamento que vislumbre a pertinência das questões sociais. Neste sentido, o objetivo do presente artigo é refletir sobre a produção do espaço à luz do contexto da acumulação do capital flexível, onde o turismo tem se mostrado como uma das alternativas de implementação de mudanças nas cidades, a fim de vir a atender às expectativas do imaginário turístico e de vender a cidade globalmente. O artigo divide-se em: 1. Introdução, na qual, além da temática contextualizada, encontram-se os principais questionamentos que nortearam a construção do artigo; 2. Discussão em torno da produção do espaço e do planejamento urbano das cidades na contemporaneidade, a partir do modelo de acumulação flexível, que tem como um dos princípios torná-las um espetáculo, colocando-as em situação de competitividade entre si e, portanto, atrativas do ponto de vista turístico. O suporte teórico para a discussão deste item será a concepção de produção do espaço dos geógrafos Carlos (2011) e Corrêa (2011). Já com relação ao planejamento urbano, esse suporte virá das ideias de Sánchez (2010) e de Souza (2011). Harvey (1992, 2004 e 2005), por sua vez, embasará o que será discutido com relação à questão da espoliação urbana causada pelo modelo de acumulação de capital vigente no atual contexto; 3. Como última parte, as Considerações Finais, em que se buscará demonstrar que a atual forma de fazer, criar e planejar a cidade deve ser reavaliada, tendo em vista os altos custos sociais para a sociedade na contemporaneidade.
