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TRABALHO PRECARIZADO E SEQUESTRO DA SUBJETIVIDADE: UM ESTUDO SOBRE FORMAS DE CONTROLE DA SUBJETIVIDADE DE AGENTES DE VIAGENS EM MOSSORÓ/RN
 
     
     TRABALHO PRECARIZADO E SEQUESTRO DA SUBJETIVIDADE: UM ESTUDO SOBRE FORMAS DE CONTROLE DA SUBJETIVIDADE DE AGENTES DE VIAGENS EM MOSSORÓ/RN
     


Autor(es):
Pereira, Giovanna Augusta Pedrosa Rangel
Costa, Jean Henrique
Barbosa, Raoni Borges


Periódico: Turismo: Estudos e Práticas

Fonte: Revista Turismo Estudos e Práticas - RTEP/UERN; Vol. 9 No. 2 (2020); 1-29

Palavras-chave:


Resumo: O estudo teve como objetivo geral conhecer as condições e relações de trabalho existentes nas agências de viagens do município de Mossoró/RN, analisando como se dá o processo de flexibilização organizacional e a inserção dos agentes de viagens nas estratégias empresariais. Para tanto, foi realizado um desvendamento teórico em busca de compreender as condições e relações laborais no capitalismo de Acumulação Flexível e caracterizar o mercado em questão na cidade de Mossoró/RN. O método de investigação enfatizou o levantamento teórico complementado com a realização de 05 (cinco) entrevistas estruturadas com agentes de viagens. Os resultados demonstram que as agências de viagens adotam um modelo de gestão flexível permeado por estratégias de controle moral e emocional e de poder cognitivo e comportamental sobre os agentes. A cooptação da subjetividade desses trabalhadores não se limita ao campo da racionalidade; as significações imperceptíveis aos indivíduos se desenvolvem no interior das relações sociais e são condicionantes não só no cotidiano laboral, mas também fora dele, já que os sujeitos se dispõem a levar a lógica relacional e simbólica do trabalho para casa. Identificou-se, ainda, que o agente de viagens possui características do novo precariado turístico, haja vista a sua instabilidade quanto ao mercado de trabalho, a ansiedade pela manutenção do vínculo empregatício, as frágeis condições e relações de trabalho estabelecidas no interior da empresa e fora dela, e, ademais, a submissão às práticas de controle em troca da garantia de emprego e remuneração.