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HOMICIDE VIOLENCE IN PANDEMIC TIMES: THE “GEOPROCESSING” OF THE MORAL SUFFERING, PRIVATE CODES, THE VULNERABILITIES OF FAMILY LIFE IN THE OCCURRENCES OF CVLIS (2015-2020)
 
     
     HOMICIDE VIOLENCE IN PANDEMIC TIMES: THE “GEOPROCESSING” OF THE MORAL SUFFERING, PRIVATE CODES, THE VULNERABILITIES OF FAMILY LIFE IN THE OCCURRENCES OF CVLIS (2015-2020)
     


Autor(es):
Rocha, Alexsandra Bezerra da
Hermes Junior, Ivenio do Espirito Santo
Brandão (In memoriam), Thadeu de Sousa


Periódico: Turismo: Estudos e Práticas

Fonte: Revista Turismo Estudos e Práticas - RTEP/UERN; No. 5 (2020): Geplat: Caderno Suplementar; 1-16

Palavras-chave:


Resumo: Os homicídios são o maior problema da criminalidade violenta no Brasil. Responsável por 10% dos homicídios do mundo, segundo Exame da Declaração de Genebra sobre Violência Armada e Desenvolvimento. O Brasil vem apresentando um crescimento de suas taxas de homicídio numa média de 1.580 mortes ao ano e em suas taxas por cem mil na ordem de 5,6 % ao ano desde o início da década de 1980. Desde esse período, o Brasil vive uma epidemia de homicídios sem encontrar uma cura, uma vacina ou um remédio que pelo menos mitigue minimamente esse flagelo que atinge principalmente jovens, negros, sem renda fixa e moradores de periferias. Correto afirmar, portanto, que o Brasil vivencia, há pelo menos quatro décadas um duro cotidiano de riscos e incertezas. Nossa 'modernidade tardia' caracterizar-se-ia pela reprodução estrutural da exclusão social e pela disseminação das violências, com a consequente ruptura de laços sociais e a exclusão de várias categorias sociais, como a juventude, uma das grandes vítimas desse processo. O jovem relaciona-se com a violência de modo ambivalente: ora torna-se vítima, ora surge como agressor. Os dados de homicídios dessas últimas quatro décadas mostram uma tendência de generalização da violência. Considerando todo o período de 1980 a 2019, houve um continuado aumento das mortes de jovens e adultos jovens, sobretudo do sexo masculino, por causas externas (homicídios, suicídios, mortes no trânsito). Há uma sobremortalidade masculina e juvenil. Fundamental frisar que, principalmente os jovens vivenciam um processo de transição para a vida adulta, cada vez mais tardio em nosso momento civilizatório, quando então sua agressividade (pulsão) tem o caráter positivo de habilitá-los a se autonomizarem e a ocuparem um lugar no espaço social. Isto posto, uma das características marcantes nos adolescentes atuais é a incerteza do emprego, assim como o exercício e a vivência da agressividade e da violência. Num mundo de incertezas e de fragmentações, a violência surge como discurso, deveras autônomo. O estudo dos homicídios é fundamental. Pois os homicídios são ações que terminam revelando diversas peculiaridades sobre a sociedade e seus valores. Assim, entender o que levaria a maioria das pessoas que cometem homicídios a agir dessa forma revelaria também, de certa medida, os defeitos e problemas da sociedade que criamos.