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Acessível ou não? Eis a questão! Analisando a acessibilidade do centro histórico da cidade turística de Paraty (RJ)
 
     Acessível ou não? Eis a questão! Analisando a acessibilidade do centro histórico da cidade turística de Paraty (RJ)
     Accessible or not? That is the question! Analyzing the accessibility of the historic touristic city center of Paraty (RJ)
     Accesible o no? ¡Esa es la cuestión! El análisis de la accesibilidad del centro histórico de la ciudad turística Paraty (RJ)


Autor(es):
Rodrigues, Luciana
Cheibub, Bernardo Lazary


Periódico: Revista Turismo em Análise

Fonte: Revista Turismo em Análise; v. 31 n. 2 (2020): Maio-Agosto; 358-380

Palavras-chave:
Acessibilidade; Paraty; Patrimônio cultural; Pessoas com deficiência; Turismo; Acessibilidade


Resumo: Paraty é um município do Rio de Janeiro, conhecido por seus patrimônios naturais, históricos e culturais que, recentemente, lhe renderam o título de Patrimônio Mundial na categoria Sítio Misto, apesar de parecer não possibilitar que todas as pessoas possam visitá-lo de forma autônoma e segura em termos de acessibilidade. A investigação que originou este artigo teve como objetivos reconhecer os obstáculos que prejudicam a mobilidade no Centro Histórico (CH) de Paraty e arredores, em especial de pessoas com deficiência (PCD), bem como analisar se há um paradoxo entre tombamento de patrimônio e acessibilidade. A partir de uma pesquisa qualitativo-exploratória e descritiva, foram adotados os seguintes procedimentos de base etnográfica, realizados entre 2018 e 2019: observações diretas dos pesquisadores em campo; entrevistas a partir de roteiros semiestruturados com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e das Secretarias de Turismo e de Urbanismo de Paraty; e o acompanhamento da experiência turística in loco de uma pessoa com deficiência física (método da observação participante). Além disso, foram examinados documentos, legislações federais e municipais que tratam da acessibilidade em patrimônios culturais. Os resultados mostraram que há muitos tipos de barreiras naquela cidade, embora não exista impedimento legal para a implementação da acessibilidade em bens imóveis e sítios históricos tombados. Portanto, conclui-se que no caso de Paraty, há ausência de ações efetivas do poder público para reduzir ou extinguir os diversos obstáculos que impedem a mobilidade físico-espacial plena das PCD, sobretudo no CH e adjacências.