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CRIMINALIDADE, SEGURANÇA PÚBLICA E SUSTENTABILIDADE EM DESTINOS TURÍSTICOS: : ENSAIO EXPLORATÓRIO ACERCA DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA (2004-2018)
 
     CRIMINALIDADE, SEGURANÇA PÚBLICA E SUSTENTABILIDADE EM DESTINOS TURÍSTICOS: : ENSAIO EXPLORATÓRIO ACERCA DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA (2004-2018)
     
     


Autor(es):
Costa, Jean Henrique
Herrera, Manuel Ramón González


Periódico: Marketing & Tourism Review

Fonte: Marketing & Tourism Review; v. 4 n. 1 (2019): V. 4, Número 1

Palavras-chave:
turismo; criminalidade; segurança pública; violência urbana; estudos brasileiros


Resumo: Este estudo possui como objetivos: a) levantar trabalhos realizados, na realidade brasileira, acerca das problemáticas do turismo, da segurança pública e da criminalidade; b) realizar uma leitura crítica de cada trabalho; c) tecer um diagnóstico de seu estado da arte, visando apontar os caminhos seguidos, algumas lacunas percebidas e as possibilidades de conexões entre as pesquisas. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica de análise teórica. Não se prende as convenções metodológicas de uma pesquisa bibliométrica, tampouco realiza uma análise de conteúdo quantitativa com o material textual levantado. Trata-se de um livre exercício ensaístico. O recorte temporal foi estabelecido da forma mais dilatada possível, isto é, a partir do ano de publicação do primeiro trabalho encontrado até o último (2004-2018). Os trabalhos foram captados, de forma livre, no Google Acadêmico e no Portal de Periódicos da Capes. Como conclusões, verificou-se que que parte significativa dos estudos brasileiros não reproduz o alarme midiático acerca do medo social como fator determinante para o afastamento de turistas. Contudo, problematizamos que parte desses estudos, ou a quase totalidade deles, não relaciona o aumento da criminalidade (e suas múltiplas possibilidades de manifestação) com as variações da demanda turística em séries temporais dilatadas, tampouco “espacializam” a criminalidade por zonas/áreas, visando correlacionar os encontros – e desencontros – com a dinâmica do turismo. Além disso, reforçamos que parte das pesquisas também não realiza o esforço de tipificar os principais crimes contra o turista (destacando o dano, horário e local) e de que forma essa violência termina afetando a sustentabilidade dos espaços turísticos e a imagem dos lugares. Deste modo, algumas pesquisas repetem clichês já doutos no campo do turismo de que o crime e a violência sistêmica afastam o turismo, ou, no melhor dos casos, que os crimes são, em sua maioria, contra o patrimônio (por furtos e roubos).