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Ecodesenvolvimento e ecodecisão em destinações turísticas: Um estudo exploratório sobre o programa Agenda Blumenau 21
 
     
     
      Ecodesenvolvimento e ecodecisão em destinações turísticas: Um estudo exploratório sobre o programa Agenda Blumenau 21


Autor(es):
Mantovaneli Júnior, Oklinger
Bruno Haskel, Cleiton


Periódico: El Periplo Sustentable

Fonte: El Periplo Sustentable; Núm. 12 (2007): Número Doce; 149-183

Palavras-chave:


Resumo: Este artigo resulta de pesquisa exploratória sobre uma experiência brasileira pioneira na elaboração de agendas 21 locais, qual seja o município de Blumenau-SC, ocorrido entre 1997 e 2000. Como Blumenau é uma destinação turística, ao longo das analises procurou-se ressaltar o que uma adjetivação como esta permite argüir no entrelaçamento dos debates sobre Agenda 21 e a gestão sustentável do desenvolvimento turístico. Assim, as pesquisas partiram de cinco objetivos que exploraram a contextualização da experiência, a caracterização de seu processo decisório, a descrição da sub-agenda turística tecendo, por m as primeiras avaliações sobre a experiência. Em linhas gerais, a abordagem decisória caracterizou-se mais pela elaboração formal de um documento do que propriamente pelo fomento ao aspecto formativo para uma cidadania que expresse os ideais da sustentabilidade, como a preconizada nos resultados da Rio 92. Da sub-agenda turística constatou-se um geral desconhecimento dos atores convidados sobre o que seria uma Agenda 21. Pelo descompromisso dos participantes e diculdades processuais e decisórias enfrentadas pelos gestores a agenda 21 de Blumenau não traduz a perspectiva de uma destinação turística sustentável. A FAEMA teve diculdades em contornar administrativamente os limites que se faziam presentes. Conclui-se que o projeto Agenda Blumenau 21, embora tenha enfrentado uma diversidade de limites conceituais, políticos e administrativos, ainda assim representou iniciativa pioneira, cujas diculdades se assemelham às de outras experiências posteriores correlatas. No mínimo, sua realização permitiu o amadurecimento dos gestores responsáveis sobre dois aspectos. Primeiro o signicado de uma experiência deste tipo, e conseqüentemente em segundo o entendimento de que uma agenda de desenvolvimento com objetivos de profunda e continuada transformação deve ser pensada e conduzida como um projeto em constante amadurecimento e reestruturação, portanto inacabável. Do ponto de vista cientíco a experiência blumenauense contribui para o debate sobre gestão do desenvolvimento sustentável por meio de iniciativas de planejamento e constituição de arenas e agendas políticas sustentáveis. Contribui também para o debate sobre a gestão do desenvolvimento sustentável em destinações turísticas, e a necessidade da percepção do fenômeno turístico como expressivo de uma agenda multicêntrica, e por conseguinte demandante de múltiplas arenas.