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Gestão e Uso Público de Unidades de Conservação: um olhar sobre os desafios e possibilidades
 
     Gestão e Uso Público de Unidades de Conservação: um olhar sobre os desafios e possibilidades
     
     


Autor(es):
Bellinassi, Suelen
Pavão, Ana Carolina
Cardoso-Leite, Eliana


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 2 (2011): maio-agosto/2011

Palavras-chave:


Resumo: Apenas a criação de uma Unidade de Conservação (UC) não garante a proteção dos seus recursos naturais. É preciso uma boa gestão com a participação efetiva de todos os envolvidos. Situação fundiária indefinida, conflitos com populações humanas dentro das UCs, escassez de recursos humanos e financeiros, instabilidade política das agências de meio ambiente, entre outros, são os principais problemas relacionados à baixa efetividade da gestão das UCs. Com o objetivo de se conhecer melhor a realidade de UCs e as dificuldades para sua gestão e uso público, foi realizada uma pesquisa com oito Parques Estaduais de São Paulo e cinco Parques Nacionais. Foi enviado um questionário com perguntas abertas aos endereços eletrônicos de cada UC. A maioria dos gestores dos parques afirmou ter programa de visitação estruturado, utilizando principalmente trilhas interpretativas como principal atrativo. Em geral, as atividades oferecidas aos visitantes visam o ecoturismo e a educação ambiental. A falta de conscientização da população é apontada pelos gestores como responsável pela degradação dos recursos naturais. As comunidades do entorno consideram a Unidade como algo positivo, mas se queixam das medidas restritivas. A situação fundiária não resolvida também é apontada como entrave à efetividade dos programas de uso público. Cinco gestores indicaram que suas UCs não cobram entrada. A arrecadação e gerenciamento desta verba pela própria UC seria uma alternativa interessante de captação de recursos e melhoria nos programas de uso público. Deve partir do Estado iniciativas relacionadas à divulgação da função e proteção dessas áreas, buscando aliados que atuem como agentes multiplicadores nas comunidades do entorno, diretamente relacionadas às UCs, bem como em outros segmentos da sociedade, para que a conservação não fique restrita apenas à comunidade científica, mas passe a ser também compreendida e praticada por todos.