Publicações de Turismo
Nova busca:        


Proposta para o turismo de interação com botos-vermelhos: como trilhar o caminho do ecoturismo?
 
     Proposta para o turismo de interação com botos-vermelhos: como trilhar o caminho do ecoturismo?
     
     


Autor(es):
Romagnoli, Fernanda Carneiro
da Silva, Vera Maria Ferreira
Nelson, Sherre Prince
Shepard Jr, Glenn Harvey


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 3 (2011): setembro-dezembro/2011

Palavras-chave:


Resumo: Um tipo de turismo de natureza que vem crescendo em todo o mundo e requer maior atenção quanto aos impactos que pode gerar é o realizado para a observação de animais, como o whalewatching. Este tipo de turismo tem sido considerado como potencial medida de conservação; porém se desordenado, pode causar efeito inverso. O grande problema é que em muitos países onde este tipo de turismo ocorre ainda não há legislação específica que regule a atividade e limite seus impactos. Por isso, entre as medidas propostas para a conservação dos cetáceos, está a identificação e o monitoramento dos impactos do turismo, regulamentação e fiscalização de atividades turísticas voltadas para sua observação, educação ambiental dos turistas e envolvimento das comunidades receptoras. Na região amazônica a espécie-alvo é o boto-vermelho. Inia geoffrensis é o maior dos golfinhos de água doce e desperta grande curiosidade nas pessoas, pois além de ter características corpóreas únicas é componente fundamental do folclore amazônico. Diante da necessidade de se adotar medidas para a conservação de Inia geoffrensis, o ecoturismo pode ser uma boa ferramenta de gestão dessa espécie. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma proposta de turismo envolvendo botos-vermelhos que cause mínimos impactos de ordem ambiental e gere maiores benefícios socioeconômicos, de modo a fornecer subsídios para o ordenamento destas atividades e para a elaboração de políticas públicas que as regulamentem. A proposta foi elaborada a partir da literatura sobre os preceitos do ecoturismo, orientações para a prática do whalewatching utilizadas em diversos locais do mundo, literatura sobre botos-vermelhos e da legislação brasileira vigente. A proposta envolve medidas que devem ser tomadas em relação a organização do estabelecimento, medidas para controle dos visitantes e para a interação turista-boto, cuidados com os animais, medidas voltadas a interpretação ambiental pelos turistas e propostas para envolver os moradores locais, de modo a tornarem-se ativamente interessados na conservação dos botos. A proposta não é voltada a um local especifico; visa dar subsídios a qualquer atividade de interação com botos-vermelhos que já existam ou possam surgir.