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QUALIDADE DO SOLO COMO UM ATRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE MANEJO DE TRILHAS DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ, MG
 
     QUALIDADE DO SOLO COMO UM ATRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE MANEJO DE TRILHAS DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ, MG
     
     


Autor(es):
Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino
Figueiredo, Múcio do Amaral


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC

Palavras-chave:


Resumo: As Unidades de Conservação, em especial as que permitem o uso público como Parques, são áreas naturais protegidas e propícias ao ecoturismo, segmento turístico muito procurado na atualidade o que acarreta impactos ambientais não somente à biodiversidade, mas também à geodiversidade. Os geoindicadores, ferramentas para identificar mudanças rápidas no ambiente natural, podem auxiliar no manejo destas áreas, especificamente nas trilhas. A Capacidade de Carga Turística (CCT) utiliza-se dos chamados Fatores de Correção como erodibilidade e acessibilidade para ajudar na determinação da capacidade máxima de visitas em um local. Contanto, a compactação do solo, também estreitamente associada a condições e características específicas de cada local não é considerada na metodologia. O Parque Nacional da Serra do Cipó (PNSC), localizado na porção central de MG recebe grande número de visitantes havendo pouco controle da visitação e monitoramento das condições das vias que levam aos atrativos naturais locais, as trilhas. Este trabalho tem como objetivo verificar a compactação do solo – geoindicador qualidade do solo – como fator de correção para auxílio no manejo da visitação e uso das trilhas. Utilizando-se um penetrômetro de solo com anel dinamométrico obteve-se a medida de resistência do solo em diversos pontos ao longo da trilha da Cachoeira da Farofa e entorno. Os resultados mostraram que o solo do leito da referida trilha se encontra mais compactada do que o entorno, assim como as áreas em que há tráfego de veículos automotores. Observou-se ainda que nos pontos mais compactados, havendo declividade mais acentuada (medida através de clinômetro), áreas mais sujeitas à retenção hídrica, ausência de serapilheira e bioma cerrado, há maior erosão do solo. Os resultados, associados a outras análises de impactos bióticos e abióticos, podem auxiliar na gestão da Unidade de Conservação para redução das alterações ambientais, em que as trilhas costumam ser tratadas somente como um meio de deslocamento a atrativos turísticos naturais. Neste sentido, a sua apropriada conservação agregaria valor à experiência do visitante. Outra contribuição se dá através de outro olhar para a metodologia CCT, além do foco somente no número de turistas.