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Turismo em Áreas Protegidas e inclusão social de populações tradicionais: um estudo de caso da Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba (PR)
 
     Turismo em Áreas Protegidas e inclusão social de populações tradicionais: um estudo de caso da Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba (PR)
     
     


Autor(es):
Silveira Junior, Wanderley Jorge
Botelho, Eloise Silveira


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 3 (2011): setembro-dezembro/2011

Palavras-chave:


Resumo: As populações tradicionais estabelecidas no entorno ou no interior de áreas protegidas têm buscado alternativas que compatibilizem a subsistência com a conservação ambiental e valorização cultural. Nesse processo, o turismo tem sido elencado como a alternativa capaz de compatibilizar esses interesses. O tema central desse artigo perpassa o debate sobre o turismo em áreas protegidas e as possibilidades e limites de inclusão social das populações tradicionais. Nesse contexto, a iniciativa da Cooperativa de Turismo de Guaraqueçaba (Cooperguará-ecotur), Paraná, fundada em abril de 2008 com o apoio da ONG SPVS, é um interessante estudo de caso que traz uma série de questões que precisam ser conhecidas e debatidas no âmbito acadêmico. Assim, esse artigo tem por objetivo analisar a iniciativa de turismo adotada pelos caiçaras membros da Cooperguará-ecotur e refletir sobre as possibilidades e limites do ecoturismo de base comunitária em áreas protegidas. Como resultado da pesquisa qualitativa, que envolveu entrevistas e observação direta, identificou-se que o turismo de base comunitária, protagonizado pelos caiçaras a partir da criação de uma cooperativa, tem possibilitado a perspectiva de inclusão social. Tal iniciativa tem contribuído para a organização social local, bem como para a capacitação e fomento do turismo. A iniciativa colaborou para que a economia local se diversificasse, valorizando a cultura local e permitindo que os caiçaras permaneçam em seus territórios. O estudo de caso aponta ainda algumas questões, identificadas como possíveis fragilidades que podem dificultar o desenvolvimento do turismo local: qual a capacidade da Cooperativa se sustentar caso a ONG se retire do projeto que apóia? Considerando as críticas elencadas pelos caiçaras não membros da Cooperativa, em que medida esta pode agregar novas adesões no sentido de fortalecer o turismo local? E, assim, até que ponto a inclusão social dos caiçaras é possível, em sua totalidade? Essas questões incitam o debate acadêmico, e merecem uma reflexão mais crítica, podendo desta forma nortear outras pesquisas.