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Trilhas interpretativas em áreas de Mata Atlântica: um diagnóstico a partir de fotografias hemisféricas
 
     Trilhas interpretativas em áreas de Mata Atlântica: um diagnóstico a partir de fotografias hemisféricas
     Interpretative trails in Atlantic Forest areas: a diagnosis based on hemispheric photographs
     


Autor(es):
Cotes, Marcial
Erler, Daiany Mara
Mielke, Marcelo Schramm


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 14 n. 2 (2021): maio-julho/2021

Palavras-chave:
Abertura do Dossel; Ecoturismo; Florestas Tropicais; Trilhas Interpretativas


Resumo: Diante das alternativas do turismo em áreas naturais na contemporaneidade, revela-se a utilização de trilhas interpretativas. A relação intrínseca entre o meio ambiente e o turismo pode proporcionar bem-estar na interação do ser humano com a natureza, contribuindo para um maior conhecimento e consciência ambiental. O objetivo desse estudo é propor o uso de fotografias hemisféricas como ferramenta para a formatação e avaliação de trilhas interpretativas voltadas ao mercado ecoturístico. A pesquisa fomenta ainda a discussão a respeito do ecoturismo do ponto de vista da educação e interpretação ambiental para persuadir no visitante a sensação hedonista. Foram avaliadas duas trilhas interpretativas localizadas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) no sul da Bahia, região denominada pela EMBRATUR de Costa do Cacau, no entorno da cidade de Ilhéus. Ao longo do percurso das trilhas foram obtidas fotografias hemisféricas por meio de uma câmera digital montada sobre tripé acoplada a uma lente olho de peixe. As fotografias foram analisadas por meio do software livre Gap Light Analyzer V 2.0 para a obtenção da abertura do dossel (AD), uma medida do conjunto de clareiras existente no dossel da floresta e da exposição do sub-bosque à radiação solar. Nas duas trilhas os valores de AD foram inferiores a 10% no interior da mata corroborando com a literatura. A média de AD nos pontos interpretativos foi, aproximadamente, 62 % maior na RPPN Ecoparque de Una quando comparada a RPPN Janela da Gindiba. No entanto, ao analisar o percurso total de ambas as trilhas a média geral de abertura do dossel florestal foi 51 % maior na RPPN Janela da Gindiba ao confrontar com a RPPN Ecoparque de Una. As diferenças nos valores de AD podem ser devidas as características e finalidade de uso econômico das duas propriedades. Os resultados sugerem que o uso de fotografias hemisféricas pode ser mais uma ferramenta à formatação, avaliação de impactos e auxílio a interpretação e educação ambiental em áreas de Mata Atlântica.