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A abordagem do turismo na criação de Unidades de Conservação no Polo Costa das Dunas (RN)
 
     A abordagem do turismo na criação de Unidades de Conservação no Polo Costa das Dunas (RN)
     Tourism approach of the establishment of Protected Natural Areas in Polo Costa das Dunas (RN, Brazil)
     


Autor(es):
Dantas, Fernanda Raphaela Alves
Sonaglio, Kerlei Eniele


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 14 n. 2 (2021): maio-julho/2021

Palavras-chave:
Turismo; Planejamento Turístico; Unidades de Conservação; Polo Costa das Dunas (RN)


Resumo: Compreender o contexto do turismo nas unidades de conservação a partir seus efeitos e do planejamento é necessário para mitigar respostas indesejáveis, sobretudo quando a criação destas áreas é motivada pelo discurso da conservação ambiental aliada ao turismo como solução aos desafios para a sustentabilidade local. Neste entendimento, em abordagem qualitativa, buscou-se analisar qual o propósito e contexto do turismo nas unidades de conservação estaduais em processo de criação no Polo Turístico Costa das Dunas, Rio Grande do Norte (RN), especificamente em dois Parques Estaduais, Parques Estaduais Mangues do Potengi - PEMAP (Natal) e Jiqui – PEJ (Parnamirim). A primeira etapa da pesquisa foi do tipo descritiva, onde realizou-se a análise documental dos processos e atas que tratam da criação dos Parques, bem como, de atas de reuniões do citado Polo. Na segunda etapa empreendeu-se entrevista semiestruturada com o Núcleo de Unidades de Conservação do IDEMA sobre aspectos relacionados ao planejamento do turismo pretendido para as áreas. Constatou-se que os processos de criação dos parques estão estagnados, sendo o PEMAP na dependência de continuidade em estudos técnicos e socioeconômicos e, o PEJ, aguardando a cessão de área incluída nas delimitações da UC. Sobre os atores do turismo do setor público ou privado e das comunidades do entorno, notou-se que o envolvimento é tímido e reticente, o que pode resultar em conflitos socioeconômicos posteriores a criação das UC. Em relação aos debates ocorridos nas reuniões do Polo, percebeu-se a escassez e incipiência do tema em pauta, o que demonstra um distanciamento na perspectiva do planejamento do turismo quanto as novas áreas de potencial atratividade. Dessa forma, acredita-se que discussões e participação dos diferentes atores interessados na criação desses Parques necessitam de mais amplitude e aprofundamento, visando o alcance de um planejamento integrativo mais assertivo e seguro.