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Uma proposta de valoração do turismo de mergulho e surf nas Unidades de Conservação marinhas do Arquipélago de Fernando de Noronha (PE)
 
     Uma proposta de valoração do turismo de mergulho e surf nas Unidades de Conservação marinhas do Arquipélago de Fernando de Noronha (PE)
     A proposal for valuing diving and surf tourism in the marine protected areas of the Fernando de Noronha Archipelago (PE, Brazil)
     


Autor(es):
Silva-Júnior, José Martins da
Souza, Lume Garcia Monteiro de
Weysfield, Flávia Queiroz
Martins, Mariana Andrade
Silva, Flávio José de Lima


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 14 n. 2 (2021): maio-julho/2021

Palavras-chave:
Ecoturismo Marinho; Economia do Turismo; Turismo Esportivo; Gestão Costeira


Resumo: O turismo vem crescendo nas últimas décadas assim como a visitação a Unidades de Conservação (UCs). O incremento do turismo em UCs pode ajudar economicamente a região a se estruturar e investir na conservação. É fundamental realizar estudos para identificar o perfil do turista que visita as UCs, principalmente quanto à sua consciência ambiental. O ecoturismo, turismo de esportes e o de aventura têm grande potencial de serem atividades turísticas sustentáveis. Desta maneira, o presente estudo tem como objetivo realizar a valoração do turismo de surf e mergulho em Fernando de Noronha. A metodologia usada foi o método custo de viagem.  Foram realizadas análises de dados pretéritos, metadados e de entrevistas com surfistas e mergulhadores visitantes no ano de 2019. Foi verificado que esse público é composto majoritariamente por adultos jovens com alto valor aquisitivo. Os gastos médios totais das viagens dos surfistas e dos mergulhadores foram R$ 7.912,47 e R$ 8.331,34, respectivamente. Os principais gastos para surfistas e mergulhadores foram com hospedagem, passagem e alimentação. Os gastos com mergulho representaram apenas 8% do total da viagem dos mergulhadores e foi o gasto com maior nível de satisfação. Já para os surfistas, o gasto que mais valeu a pena foi com o aluguel de automóvel (12% do total da viagem) para levar seus equipamentos a diversas praias. Outros gastos com alto nível de satisfação foram os relacionados ao contato com a natureza, como passeio de barco e canoa havaiana. Foi perceptível, que esse público injeta significativo capital na ilha. Desta maneira, fica claro que este público tem potencial em auxiliar na manutenção de um turismo econômico e ambientalmente sustentáveis, desde que também sejam oferecidos cursos de formação para prestadores de serviços turísticos e orientações para visitantes, para que o surf e mergulho não se tornem predatórios.