Resumo: Na atualidade, procuram diversificar -se as experiências turísticas. Como alternativa aos modelos mais massificados de fruição do sol e do mar, a paisagem é um recurso central num turismo qualitativo centrado na cultura mas também nas personalidades relevantes e respetivos lugares biográficos.Estas topobiografias têm sido importantes quer para turistas interessados numa experiência culturalmais profunda, quer para devotos que buscam os lugares associados aos seus ídolos. Contudo, em muitoscasos estas topobiografias resultam de escolhas contestadas, facto que confere às paisagens turísticas uma dimensão política e ideológica. Muitas das personagens que se patrimonializam traduzem escolhas políticas que interessam a grupos dominantes. Noutros exemplos, por oportunismo, os lugares evocam de forma abusiva personagens que pouco se identificam com esses espaços geográficos. Noutros casos ainda, quando a imagem de um lugar se reduz a uma celebridade, incorre -se no risco do estereótipo. Aqui, as vantagens turísticas que se possam tirar desse nome, têm como contraponto a simplificação reducionista do lugar.
