Resumo: Este texto procura reflectir sobre o papel desempenhado pelas administrações públicas na defesa e valorização do trabalho artesanal. Em Espanha, estes poderes foram investidos nos organismos dedicados à promoção da indústria e da economia, sem manter, incompreensivelmente, qualquer relação com os responsáveis por assegurar a defesa e a promoção do património cultural. Actualmente, a falta de comunicação parece até ter piorado, uma vez que estes poderes se juntaram aos do Turismo em muitas Comunidades Autónomas. Isto leva a uma desintegração dos esforços, também destinados a diferentes objectivos, incapazes de reunir a multiplicidade de aspectos que emanam da indústria artesanal. O modelo chileno descrito poderia servir de referência para a ação, tendo sido capaz de alcançar uma conjunção enriquecedora das diferentes visões, do social ao turístico, do patrimônio ao comercial, redobrando assim a eficácia das ações empreendidas.
