Periódico: Pasos - Revista de Turismo y Patrimonio Cultural
Fonte: PASOS Revista de Turismo y Patrimonio Cultural; v. 16 n. 1 (2018); 269-272
Palavras-chave:
consumo; turistico oscuro; thana capitalismo
Resumo: Em estudos anteriores, alertámos para as mudanças no estilo de vida rumo a uma nova sociedade. A sociedade de risco tal como foi imaginada pelos sociólogos pós-modernos marca o ritmo para uma nova etapa de produção e capitalismo, onde a morte é mercantilizada para revitalizar as frustrações psicológicas que diariamente acontecem nos locais de trabalho. A morte dos outros age como um catalisador, dando a um público global um sentimento de felicidade, que é estruturado em rituais realizados. Esta tendência, que não se limita à indústria do turismo, pode ser observada no jornalismo, imprensa, entretenimento cultural e assim por diante. Num mundo darwinista onde só sobrevive o super-herói mais forte, a morte é concebida como um sinal de fraqueza. Isto sugere que o Thana-capitalismo repousa sobre dois pilares principais, a necessidade de ser especial e a propensão a ser protegido. O capitalismo estrutura-se através da articulação de um clima de exploração extensiva onde poucos monopolizam a riqueza produzida, enquanto o resto vive sem nada. Na época, esta exploração desordenada expande os corpos desperdiçados, devendo ser lançada como um espetáculo para reforçar a dependência centro-periferia.