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INDICADORES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TURISMO RELIGIOSO MUNICIPAL: O CASO DA FESTA DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, EM CARACARAÍ, RORAIMA
 
     INDICADORES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TURISMO RELIGIOSO MUNICIPAL: O CASO DA FESTA DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, EM CARACARAÍ, RORAIMA
     
     


Autor(es):
Medianeira Nogueira, Maria
Borges de Lima, Ismar Borges de Lima


Periódico: Cultur - Revista de Cultura e Turismo

Fonte: CULTUR - Revista de Cultura e Turismo; v. 9 n. 3 (2015); 101 - 142

Palavras-chave:


Resumo: Este artigo apresenta os principais desafios relacionados ao planejamento e à gestão dos espaços públicos urbanos em nível municipal vis-à-vis aos eventos religiosos de grande participação de público. O artigo tem uma orientação qualitativa, de caráter exploratório-dedutivo, cuja coleta e análise de dados foi feita por meio de triangulação, produzindo material descritivo, resultado de dois anos de pesquisa sobre a Festa de Nossa Senhora do Livramento, em Caracaraí, Roraima. As contribuições teórico-conceituais da pesquisa recaem nas discussões sobre `espaço urbano sagrado`, espacialidade, temporalidade, tangibilidade e intangibilidade. Diagramas foram elaborados para auxiliar na identificação e apresentação dos elementos tangíveis e intangíveis nas manifestações religiosas do Catolicismo. Como parte da análise foram feitos a identificação e o mapeamento de `nódulos de estrangulamento da capacidade de cargo` e de impactos no espaço urbano. Já as contribuições empírico-instrumentais da pesquisa centram-se na apresentação de 25 indicadores para o planejamento e gestão dos espaços urbanos em épocas de evento visando a um ordenamento do turismo municipal. Este estudo de caso revela que há uma necessidade patente de estreitamento nos diálogos e nas parcerias entre líderes da Igreja Católica em Caracaraí e representantes do poder público na organização da Festa do Livramento. Nota-se que o evento não tem sido uma prioridade como atrativo turístico. Há uma relativa subvalorização da Festa por parte do poder público. Quanto ao ordenamento e planejamento do espaço urbano durante a Festa, observa-se um estado de latência na idealização do turismo religioso por parte do poder público; uma falta de conhecimento da organicidade que compõe o evento; uma certa inércia negligenciando o protagonismo do poder público, notadamente uma postura que contrasta sobremaneira com o engajamento despendido aos demais eventos realizados no município.