Nobel de Química de 2016 Laureia a Nanociência

O ano de 2016 foi revolucionário para a Química, especificamente para a nanotecnologia. Em 5 de outubro de 2016 a Academia Real Sueca de Ciências premiou o prêmio Nobel de Química por pesquisas no desenvolvimento de máquinas moleculares.

Segundo a Agência Ansa, os três cientistas desenvolveram dispositivos que reproduzem naturais. As “menores máquinas no planeta”, capazes de executar algum tipo de tarefa quando expostas a qualquer tipo de energia, podendo ser elétrica, química, magnética ou óptica. Estas técnicas estão fundamentadas em uma das principais bases da nanotecnologia, em que materiais são construídos molécula por molécula.

Dentre os três ganhadores do Nobel, o precursor do estudo com máquinas moleculares foi Jean-Pierre, já que em 1983 ele e sua equipe conseguiram ligar duas moléculas em forma de anel (batizado de catenano), assim formando uma cadeia bastante flexível que não está conectada por ligações covalentes fortes, mas ligada apenas mecanicamente, o que confere maior êxito na execução de tarefas por parte deste dispositivo. Já em 1991, Fraser Stoddart desenvolveu um anel molecular acoplado a um eixo molecular mais fino (rotaxano), levando à uma rotação do dispositivo, e este foi o pontapé para a construção das primeiras máquinas moleculares. Em 1999, Feringa desenvolveu o primeiro motor molecular, onde uma lâmina de motor molecular girava continuamente no mesmo sentido. Em 2004 os pesquisadores conseguiram criar um elevador em escala de subir 0,7 nanômetros. De modo geral, o que cada um destes cientistas desenvolveu foram nanopeças, que quando interligadas dão estrutura às máquinas moleculares, e em longo prazo a ideia é fazer com que as máquinas moleculares fabriquem outras máquinas moleculares em uma escala de produção.