A utilização da nanotecnologia para o diagnóstico e tratamento de anomalias vasculares

(Figura de Getty Imagens.)

Descrita por alterações nos vasos sanguíneos, as doenças vasculares afetam 30% da população mundial. Entretanto, temos conhecimento de uma classe de enfermidades dentro das doenças vasculares que apresenta um quadro clínico mais delicado: anomalias vasculares. Por sua vez, as anomalias são divididas em algumas categorias de acordo com a Sociedade Internacional para o Estudo de Anomalias Vasculares (ISSVA), podendo ser classificadas como tumores vasculares ou malformações vasculares. Esses tumores apresentam alterações proliferativas de células endoteliais que possuem um grau de  malignidade e podem ter um crescimento gradativo ocasionando em novas lesões. As anomalias apresentam um amplo conjunto de irregularidades, que envolvem irregularidades em artérias, veias e vasos linfáticos.

Os tumores vasculares são classificados como benignos, localmente agressivos ou limítrofes e abertamente malignos. O benigno atinge cerca de 4 a 10% de bebês e crianças e é localizado em regiões cervicofaciais; é caracterizado por alterações em hemangiomas durante a fase proliferativa que podem ocorrer entre o período de três a seis meses após o nascimento. O tumor maligno apresenta danos  na pele e no tecido subcutâneo, apresentando lesões equimóticas, púrpuras e dolorosas. Acontecem em um número menor de casos e podem estar localizados em qualquer parte do corpo, mas devido à presença do angiossarcoma que é cutâneo, são encontrados com mais frequência nas regiões  do pescoço e da cabeça. 

As malformações são classificadas como malformações simples, malformações combinadas, malformações dos principais vasos nomeados e malformações associadas a outras anomalias. Devido a essa divisão, temos que essas malformações irão se localizar em diversas áreas do corpo, podendo ser nos vasos capilares, linfáticos, venosos e arteriovenosos.

Neste cenário, a nanotecnologia está se tornando peça fundamental para o diagnóstico das anomalias vasculares, permitindo imagens mais minuciosas e específicas sobre determinadas regiões vasculares. A implementação de nanopartículas são utilizadas como meio de contrastes em exames como ressonância magnética, ultrassom e tomografia computadorizada. Para o processo de tratamento empregando essa tecnologia, são avaliadas nanopartículas ou biomateriais em nanoescala, para que os mesmos sejam utilizados como nanocarreadores e possam entregar fármacos nos vasos sanguíneos doentes. Tais agentes nanométricos são estudados utilizando diversas matrizes podendo ser inorgânicos, metálicos e lipídicos. Há também os que apresentam estruturas supramoleculares, podendo ser micelas, nanopartículas e nanoemulsões. Um dos fatores para que a nanotecnologia tenha um papel positivo no diagnóstico e no tratamento das referidas doenças está relacionado com a interação entre os nanocarreadores e o local afetado. 

Para saber mais, acesse o artigo: https://link.springer.com/article/10.1186/s12951-024-02370-2?utm_source=getftr&utm_medium=getftr&utm_campaign=getftr_pilot

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