A utilização da nanoemulsão do óleo essencial de aroeira-brasileira no combate a bactérias

A resistência bacteriana emergiu como um dos maiores desafios para a saúde pública, devido aos múltiplos mecanismos fisiológicos de resistência expostos por esses organismos. Dentre eles, tem-se a redução na permeabilidade e a produção de enzimas degradativas, como as beta-lactamases, que exibem atividades inibidoras da ação antimicrobiana.
Uma das soluções em potencial é a utilização de medicamentos antimicrobianos a partir do uso de derivados do óleo essencial extraído dos frutos de Schinus terebinthifolia, que é uma espécie nativa da América do Sul e é encontrada em solo brasileiro, paraguaio e argentino. É conhecida popularmente como aroeira-brasileira ou pelo nome do seu fruto, a pimenta-rosa.
O óleo essencial extraído da aroeira ganha notoriedade em função de seu potencial biológico, tais como ações antioxidantes, antifúngicas e antibacterianas contra cepas da Coleção de Culturas tipo Americanas (ATCC) sensíveis do gênero Staphylococcus, Pseudomonas, Proteus, Escherichia e alguns de seus isolados com múltipla resistência a antibióticos.
E sua associação com a nanotecnologia potencializa sua eficácia, através da produção de nanoformulações e nanomateriais que ampliam a biodisponibilidade das substâncias ativas. No caso das nanoemulsões do óleo essencial de S.terebinthifolia, sua preparação é realizada a partir do método de inversão de fases de baixa energia, onde na primeira fase (oleosa) é composta pelo óleo essencial e emulsificantes, enquanto na segunda fase (aquosa), tem-se a adição de água. Nos ensaios realizados empregando-se isolados bacterianos, o óleo essencial apresentou atividade antibacteriana contra essas cepas sensíveis (ATCC) e isolados multirresistentes. A nanoemulsão foi efetiva contra as espécies Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis e Escherichia coli. Já em relação aos isolados multirresistentes, a nanoemulsão demonstrou maior atividade antibacteriana contra a espécie E. coli produtoras de MCR-1, MCR-2 e MCR-3
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