Nanotecnologia como ferramenta capaz de castrar animais sem a necessidade de cirurgia

A castração de cães e gatos é uma questão de saúde pública considerada uma das principais formas de controle populacional desses animais, com atuação também na proteção contra diversas doenças. Assim, com o objetivo de facilitar o acesso e simplificar os procedimentos,  cientistas da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um método de castração rápido e não cirúrgico para cães e gatos.

O procedimento, exclusivo para machos, consiste na injeção de nanopartículas de óxido de ferro no testículo do animal sedado. Em seguida, realiza-se a esterilização por meio da aplicação de um campo magnético (magnetohipertermia) ou de uma luz de LED (fotohipertermia). A temperatura nas duas técnicas chega a aproximadamente 45°C e não provoca queimaduras nos animais. 

Durante a realização da magnetohipertermia, o campo magnético externo é aplicado na região dos testículos e as nanopartículas injetadas geram calor apenas na região da aplicação. Já o procedimento de fotohipertermia, por sua vez, consiste na utilização de um LED infravermelho que impulsiona as nanopartículas a transformar luz em calor promovendo a esterilização.

Segundo a coordenadora da iniciativa, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília Carolina Madeira Lucci, os processos duram em torno de 20 minutos e não necessitam de acompanhamento do animal após o procedimento, pois a técnica inovadora não requer pontos nem aplicação de antibióticos. O projeto ainda não firmou parcerias com gestores públicos, mas os resultados laboratoriais promissores demonstram que ele pode beneficiar a saúde pública. 

Para saber mais informações sobre esse método inovador  para castração de cães e gatos, acesse: https://unbciencia.unb.br/biologicas/104-ciencias-biologicas/690-pesquisadores-da-unb-desenvolvem-metodo-inovador-para-castracao-de-caes-e-gatos