A utilização da nanotecnologia no tratamento da glomerulonefrite
Atualmente, cerca de 850 milhões de pessoas no mundo sofrem com doenças renais. A glomerulonefrite é a mais comum das doenças renais em estado terminal; é caracterizada por lesões glomerulares ou por inflamações no glomérulo, ocasionando diretamente uma deficiência nos rins, dificultando os processos como a filtragem do sangue e a formação da urina. As causas dessa doença ainda são muito complexas; na sua fase inicial pode ser uma doença silenciosa fazendo com que o paciente não venha sentir sintomas, o que dificulta o diagnóstico. A glomerulonefrite pode ser dividida entre primária e secundária e pode se manifestar por meio de síndrome nefrítica ou nefrótica que apresentam os sintomas de edema grave, hipertensão, hematúria e proteinúria intensa.
Dentre os métodos empregados no tratamento dessa doença, temos o método sintomático que retarda o efeito da doença, outros incluem fármacos ou mudanças de hábitos alimentares à base de dietas com baixos níveis de sal ou pobres em proteínas.
Os nanomateriais têm se mostrado eficazes no tratamento e diagnóstico de doenças renais. Pesquisadores trabalham na criação e implementação de nanopartículas(NPs) para diagnosticar doenças renais e para obter um melhor resultado no tratamento. As NPs exercem funções de transportes de fármacos e ácidos nucleicos para as células mesangiais que auxiliam no canal iônico para regular a inflamação.
Um dos nanomateriais utilizados envolve as nanomicelas poliméricas que são estruturas com alta estabilidade estrutural, apresentam melhor direcionamento no transporte do fármaco e maior sensibilidade à estimulação. As nanomicelas vêm sendo estudadas e utilizadas no transporte de medicamentos para substituir os glicocorticóides empregados no tratamento da glomerulonefrite, os quais apesar de sua atividade, causam osteoporose, necrose femoral, hiperglicemia e hipertensão.
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