Drogas automontáveis com ação antitumoral

A nanotecnologia está presente em diversas áreas da Ciência, incluindo a da saúde. Fármacos empregados no tratamento do câncer podem ser potencializados a partir da nanotecnologia. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 700 mil casos novos de câncer são registrados por ano no Brasil. Assim, é necessário o aprimoramento de técnicas menos invasivas e danosas para lidar contra tumores. Um dos principais empecilhos na luta contra o câncer se refere aos custos elevados das drogas anti-cancerígenas. Além disso, vários dos medicamentos empregados não conseguem diferenciar a célula tumoral de uma célula normal, causando danos e efeitos colaterais, principalmente ao fígado e aos rins. Tendo isso em vista, pesquisadores da Dalian University of Technology (China) desenvolveram uma droga que se automonta e consegue ser mais efetiva contra as células tumorais. As nanopartículas têm como alvo os tumores e só ficam em sua forma ativa depois de estimuladas com luz visível verde. Ademais, elas tratam apenas a parte afetada e não causam dano ao resto do corpo. Essa tecnologia se dá por meio de um complexo de paládio (um metal de transição) que, em ligação com oxigênio, elimina as células tumorais após irradiação com luz verde. 

Com essa tecnologia, uma vez no sangue, a droga consegue se formar sozinha, economizando tempo e trabalho de preparação das substâncias, além de ser um método mais seguro e eficiente. É importante mencionar que cerca de 10,2% do medicamento consegue chegar ao local destinado, o que é um aumento muito considerável, pois menos de 1% dos nanomedicamentos chegava nas áreas desejadas.

Para mais informações, acesse:

https://phys.org/news/2023-05-cancer-drug-self-assembles-nanoparticles.html

ou consulte o artigo original:

https://www.nature.com/articles/s41557-023-01199-w

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